As exportações portuguesas afundaram 11,3% em julho, enquanto as importações cresceram 2,8% no mesmo mês, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Em julho de 2025, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de -11,3% e +2,8%, respetivamente (+0,2% e +3,7%, pela mesma ordem, em junho de 2025)", pode ler-se no relatório do INE.
Segundo a nota divulgada, "no entanto, quando excluídas as transações sem transferência de propriedade (TTE), observaram-se ligeiras subidas em ambos os fluxos: +0,3% nas exportações e +0,2% nas importações (+2,3% e +5,0%, pela mesma ordem, em junho)".
Já o défice da balança comercial de bens atingiu 3.293 milhões de euros em julho de 2025, refletindo um agravamento de 1.173 milhões de euros face ao mesmo mês do ano anterior.
"Em julho de 2025, os índices de valor unitário (preços) continuaram a registar variações negativas, -1,8% nas
exportações e -2,9% nas importações (-1,5% e -2,1%, respetivamente, em junho de 2025; +0,5% e -2,1% em julho de 2024, pela mesma ordem)", pode ler-se na nota divulgada.
Excluindo os Combustíveis e lubrificantes, o decréscimo das exportações foi ligeiramente menor (-10,2%; +2,3%, em junho de 2025), em resultado de uma diminuição menos expressiva nas transações desta categoria de produtos.
Em julho de 2025, o índice de valor unitário (preços) das exportações continuou a registar uma variação negativa, -1,8% (-1,5%, em junho de 2025; +0,5%, em julho de 2024). Excluindo os produtos petrolíferos, a variação foi também negativa, -0,7% (-0,5%, em junho de 2025; variação nula em julho de 2024).
Em cadeia, as exportações aumentaram 6,5% em julho (-6,1% em junho de 2025).
No trimestre terminado em julho de 2025, as exportações diminuíram 3,4% em relação ao período homólogo (-1,3%, no 2º trimestre de 2025). No entanto, quando excluídas as transações TTE, registou-se um acréscimo de 1,2% (-1,7%, no 2º trimestre deste ano).
Em termos acumulados no ano, as exportações aumentaram 0,7%, em termos homólogos (+2,0% no mesmo período de 2024). No entanto, quando excluídas as transações sem transferência de propriedade (TTE), registou-se um decréscimo (-0,5%; -0,3% no mesmo período de 2024).
Em termos de categorias de produtos, em julho de 2025, destaca-se o decréscimo das transações de Fornecimentos industriais (-29,3%), maioritariamente produtos Químicos exportados para a Alemanha e para os Estados Unidos, correspondentes, sobretudo, a transações com vista a trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade).
Se excluirmos estas transações sem transferência de propriedade, as exportações de Fornecimentos industriais apresentam um acréscimo ligeiro, +0,4%.
Em sentido contrário, assinala-se o acréscimo das exportações de Material de transporte (+17,8%), maioritariamente Veículos e outro material de transporte, impedindo uma descida mais acentuada das exportações totais.
Em julho de 2025, e tendo em conta os principais países parceiros de 2024, salienta-se o decréscimo das exportações para a Alemanha (-46,4%) e para os Estados Unidos (-37,1%), essencialmente produtos Químicos.
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