Ao longo do dia, a cotação da onça de ouro chegou a atingir esse novo recorde, o que representava uma valorização de 1,67% face ao fecho de sexta-feira, de 3.586,69 dólares.
Por volta das 17:30 a subida moderava-se para 1,5%, com a onça (pouco mais de 31 gramas) a ser negociada a 3.640,62 dólares.
O analista de mercados Adrián Hostaled comentou à EFE que o "ouro continua a sua escalada", com uma subida superior a 5% este mês e com um objetivo de preço de 4.000 dólares à vista.
Segundo Adrián Hostaled, a cotação está a ser impulsionada "pela fraqueza do dólar e pela crescente incerteza económica e geopolítica. Além disso, o Banco Popular da China tem vindo a aumentar as suas reservas de ouro pelo décimo mês consecutivo, reforçando a sua estratégia de afastamento do dólar".
Outros analistas consideram que a subida imparável do ouro ocorre num contexto marcado pela incerteza económica, pelas tensões geopolíticas e por um ambiente monetário em mudança.
À medida que os bancos centrais intensificam as compras e os investidores procuram refúgio face ao risco, o metal precioso volta a posicionar-se como protagonista nas carteiras globais, especialmente perante a possibilidade de que a Reserva Federal (banco central dos EUA) reduza as taxas de juro na reunião agendada para 17 de setembro.
O diretor de investimentos da Crédit Mutuel Asset Management, Jean-Louis Delhay, referiu que mantêm uma visão positiva sobre o ouro, dado que o seu desempenho não está correlacionado com ativos de risco, pelo que deverá beneficiar da contínua descida das taxas reais nos EUA.
Segundo o analista da eToro, Javier Molina, os objetivos técnicos mais ambiciosos apontam para a zona dos 4.100 dólares, mas sublinhou que não se deve esquecer o risco tático, já que em quedas significativas dos mercados, as vendas forçadas tendem a pressionar os metais para baixo a curto prazo, para depois retomarem a trajetória ascendente.
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