A atividade das empresas na zona euro acelerou durante o passado mês de agosto, para máximos de um ano, segundo o valor avançado do PMI compósito, hoje anunciado, chegando aos 51,0 pontos.
O índice HCOB Composite PMI (Purchasing Managers' Index) da atividade total da zona euro, compilado pela S&P Global e hoje publicado refere que a média ponderada dos vários índices chegou a 51,0 pontos em agosto, face a 50,9 pontos em julho, atingindo o valor mais alto no espaço de um ano.
No documento, a S&P Global aponta que o crescimento "foi limitado pelo setor dos serviços, que apresentou uma recuperação marginal e mais lenta".
A indústria, por sua vez, apresentou o seu maior aumento de produção "em quase três anos e meio".
A confiança empresarial não sofreu praticamente variações face a julho e continuou abaixo da sua média a longo prazo, enquanto os custos dos materiais cresceram -- algo que levou as empresas europeias a aumentarem os preços cobrados aos seus clientes.
Citado na análise, o economista-chefe do HCOB, Cyrus de la Rubia, comparou o ritmo lento da evolução com andar de bicicleta.
"Andar de bicicleta muito devagar pode fazer com que se caia. Esse é o risco que a zona euro enfrenta. Embora a economia tenha vindo a crescer desde o início do ano, o ritmo é dolorosamente lento", referiu.
De la Rubia apontou ainda para a incerteza à volta do acordo comercial entre UE e Estados Unidos da América, bem como para os problemas no setor automóvel europeu.
"O lado positivo é que os gastos com a defesa em toda a Europa e o programa de infraestruturas da Alemanha oferecem esperanças de que a economia possa continuar a avançar e evitar uma queda", acrescentou.
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