Segundo os resultados dos 'Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores' do Instituto Nacional de Estatística (INE), a evolução do indicador de confiança dos consumidores "resultou do contributo negativo das perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes por parte das famílias".
Já as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar estabilizaram.
De acordo com o INE, os saldos das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu em agosto, após ter aumentado no mês precedente, enquanto o saldo das expectativas sobre a evolução futura dos preços aumentou nos últimos dois meses, após diminuições em maio e junho.
Quanto ao indicador de clima económico, aumentou em agosto, recuperando o movimento ascendente iniciado em abril, tendo os indicadores de confiança aumentado nos serviços, na indústria transformadora e no comércio e diminuído na construção e obras públicas.
Segundo detalha o instituto estatístico, o indicador de confiança dos serviços subiu em agosto, após ter diminuído no mês anterior, beneficiando de contributos positivos no saldo das perspetivas relativas à evolução da procura e das apreciações sobre a atividade da empresa. Pelo contrário, as opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas contribuíram negativamente.
Na indústria transformadora, o indicador de confiança aumentou entre fevereiro e agosto, tendo as apreciações relativas aos 'stocks' de produtos acabados contribuído positivamente para a evolução do indicador no último mês.
Também o indicador de confiança do comércio aumentou em julho e agosto, após ter diminuído nos quatro meses anteriores, "refletindo os contributos positivos das perspetivas de atividade da empresa e das opiniões sobre o volume de vendas.
Por sua vez, o indicador de confiança da construção e obras públicas diminuiu em julho e agosto, após ter aumentado nos dois meses anteriores, refletindo o contributo negativo das perspetivas de emprego, enquanto as apreciações sobre a carteira de encomendas contribuíram positivamente.
O INE precisa que o saldo de respostas das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda aumentou em julho e agosto no setor da construção, tendo diminuído nos últimos três meses no setor dos serviços e do comércio e, "expressivamente" em agosto, no setor da indústria.
[Notícia atualizada às 11h36]
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