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Nem dinheiro, nem peças: Clientes de leiloeira sentem-se enganados

Em declarações à Lusa, Ricardo Nunes, que integra o grupo e tinha uma ligação à empresa há 15 anos, explicou que em abril, na sequência da morte do sócio-gerente, a Oportunity deixou de responder a contactos, pagar aos fornecedores e de entregar os artigos adquiridos.

Nem dinheiro, nem peças: Clientes de leiloeira sentem-se enganados

© Shutterstock

Lusa
27/08/2025 09:09 ‧ há 11 horas por Lusa

Economia

Oportunity Leilões

Fornecedores e clientes da empresa Oportunity Leilões, de Cascais, dizem-se enganados pela leiloeira após o seu encerramento e impossibilitados de reaverem dinheiro e peças que lhes pertencem, tendo-se juntado num grupo de lesados com quase 200 pessoas.

 

Em declarações à Lusa, Ricardo Nunes, que integra o grupo e tinha uma ligação à empresa há 15 anos, explicou que em abril, na sequência da morte do sócio-gerente, a Oportunity deixou de responder a contactos, pagar aos fornecedores e de entregar os artigos adquiridos.

Esta questão penalizou "os funcionários, que claramente perderam o seu local de trabalho, algo que é completamente irreversível", tendo os compradores que, "inclusivamente, tinham feito pagamentos antecipados" sido impossibilitados de ir "às instalações para que lhes fossem entregues os objetos e as peças compradas".

Paralelamente, os pagamentos aos fornecedores foram interrompidos, indicou, dando o seu exemplo.

"No início deste ano e após muita insistência da minha parte para que houvesse uma regularização dos pagamentos, foi apresentado o cenário de pagamentos faseados", indicou, tendo sido saldados entre janeiro e abril, mas após essa altura pararam. Os problemas tinham começado entre 2022 e 2023, explicou. 

"Nem foi uma questão de pausa, foram interrompidos liminarmente", indicou, alertando que há pessoas com perdas avultadas, visto que a empresa tanto vendia "louça da Vista Alegre", como apartamentos, carros e outros bens.

Segundo Ricardo Nunes, neste momento existe "uma indicação por parte do proprietário do armazém" que intimou a empresa a libertar as instalações até o dia 01 de setembro. Por isso, explicou, os artigos no armazém da leiloeira, em Cascais, estão a ser colocados na rua.

"Estamos a falar de dezenas e dezenas de paletes que, nesta altura, se encontram ao redor do armazém", disse.

"As pessoas obviamente têm de se mobilizar, de se unir neste momento, que é um momento de grande incerteza", lamentou, salientando que "cada um isoladamente, pouco ou nada consegue fazer" e, por isso, resolveram avançar com o grupo de lesados. 

A Lusa não conseguiu encontrar nenhuma evidência de insolvência ou dissolução da empresa no Citius e no Ministério da Justiça, tendo ainda comprovado que o número de telefone que consta no site foi desativado.

Uma pesquisa no Google mostra que está "encerrada permanentemente" e que existem muitas queixas, nomeadamente, na Deco e no Portal da Queixa.

Leia Também: Escritórios do Grupo Impala estão em leilão. Valor base é de 9,25 milhões

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