AIE prevê procura de carvão estável em 2025 e 2026

A procura de carvão deverá permanecer estável em 2025 e 2026, em torno dos níveis máximos alcançados em 2024 (8.800 milhões de toneladas), segundo estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE) hoje divulgadas.

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Lusa
24/07/2025 11:37 ‧ há 3 dias por Lusa

Economia

carvão

O relatório de meio do ano da AIE sobre as projeções de consumo do carvão, divulgado hoje, indica que essa continuidade acontecerá apesar de algumas flutuações de curto prazo em alguns dos principais mercados na primeira metade de 2025.

 

Por exemplo, China e Índia apresentaram uma procura em declínio, associada a um consumo elétrico mais fraco do que em 2024 e ao aumento na geração de energias renováveis.

Por outro lado, o uso de carvão nos Estados Unidos aumentou 10% no primeiro semestre do ano, devido ao crescimento robusto na procura de eletricidade e ao preço mais alto do gás natural.

Na União Europeia, porém, a procura de carvão permaneceu estável.

Isto contrasta com as tendências de 2024, quando o aumento do consumo na Índia, China, Indonésia e outras economias emergentes levou a um consumo recorde anual de cerca de 8.800 milhões de toneladas, um aumento de 1,5% em relação a 2023.

Este crescimento compensou as quedas nos mercados da Europa, América do Norte e nordeste da Ásia naquele ano.

Apesar das variações da procura observadas na primeira metade de 2025, a AIE acredita que os fatores estruturais que impulsionam o uso do carvão não sofreram mudanças significativas, prevendo um leve aumento da procura para 2025, seguido de uma queda igualmente pequena em 2026.

Isso deixará o nível da procura similar ao de 2024, alinhado com as projeções feitas pela agência no final do ano passado, que já consideravam uma tendência de desaceleração no crescimento económico global e uma mudança na política dos Estados Unidos, que favoreceria o carvão após o retorno de Donald Trump à Casa Branca.

Para todo o ano de 2025, a expectativa da AIE é que a procura na China diminua cerca de 1%, enquanto nos Estados Unidos deve crescer 7%.

Na União Europeia, espera-se uma redução de 2% no uso do carvão.

Quanto à produção, a AIE estima que esta atingirá um novo recorde em 2025, impulsionada pela China e Índia, mas o relatório prevê uma queda em 2026 devido aos altos níveis de existências e à redução de preços, que começará a afetar o fornecimento.

"A previsão é que os volumes de comércio de carvão, que têm aumentado constantemente nos últimos anos, 'encolham' em 2025 pela primeira vez desde a recessão relacionada à covid-19 em 2020", detalhou também a AIE, que espera que essa queda continue em 2026.

Isso representaria "a primeira queda consecutiva, em dois anos, nos volumes globais de comércio de carvão neste século", destacou a agência.

Leia Também: Greenpeace pede à China para começar "eliminação progressiva do carvão"

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