Segundo os dados do banco central, esta diminuição homóloga reflete o agravamento dos défices da balança de bens devido às variações na balança comercial, da balança de rendimento primário e do aumento do excedente da balança de serviços.
Nos primeiros quatro meses do ano, e face ao mesmo período do ano passado, o défice da balança de bens aumentou 1.834 milhões de euros, provocado por um aumento das importações (+1.500 milhões de euros) superior ao das exportações (-322 milhões de euros).
Ao mesmo tempo, o défice da balança de rendimento primário agravou-se em 290 milhões de euros, "decorrente de uma menor atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios (-289 milhões de euros)", explica o BdP.
Já o excedente da balança de serviços aumentou 715 milhões de euros, justificado pela evolução do saldo dos serviços técnicos, relacionados com viagens e turismo (291 milhões de euros) e do comércio e outros serviços fornecidos por empresas (199 milhões de euros).
A balança financeira teve, assim, até abril, um saldo de 1.487 milhões de euros.
Segundo o regulador, as instituições financeiras não monetárias, exceto sociedades de seguros e fundos de pensões, foram o setor que mais contribuiu para este saldo, nomeadamente através da redução de passivos em capital e em títulos de dívida detidos por não residentes.
Em sentido inverso, o banco central foi o setor com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, devido ao aumento de passivos em depósitos, respetivamente.
Leia Também: População em Portugal voltou a aumentar, mas envelhecimento acentuou-se