Receitas das construtoras chinesas no exterior subiram 3% em 2024

As receitas dos projetos de infraestruturas que construtoras empreiteiras chinesas estão a desenvolver no exterior aumentaram 3% em 2024, revelou esta quarta-feira o vice-ministro do comércio da China.

China construction

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Lusa
11/06/2025 06:23 ‧ ontem por Lusa

Economia

China

As receitas das empresas chinesas de construção civil vindas do estrangeiro atingiram 166 mil milhões de dólares (145,4 mil milhões de euros) no ano passado, sublinhou Yan Dong, num discurso gravado e transmitida na abertura do 16.º Fórum e Exposição Internacional sobre o Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que está a decorrer até quinta-feira em Macau.

 

Yan lembrou que foi o Governo de Pequim a "encorajar empresas chinesas com a necessária capacidade" a procurar no estrangeiro oportunidades para "benefícios partilhados".

O dirigente disse que os projetos chineses, incluindo escolas, hospitais, sistemas de abastecimento de água e projetos de habitação, "melhoraram as infraestruturas dos países".

Alguns dos maiores projetos, sublinhou o vice-ministro, tornaram-se mesmo "marcos de 'Uma Faixa, Uma Rota'".

Mais de 140 países, incluindo Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, já aderiram a esta iniciativa chinesa de desenvolvimento de infraestruturas, lançada em 2013.

Yan garantiu que a China "continua comprometida com a cooperação sustentável e centrada nas pessoas" no que toca à construção de infraestruturas no estrangeiro.

Os 75 países mais pobres do mundo têm que pagar este ano à China uma dívida recorde de 21,62 mil milhões de dólares (cerca de 19,5 mil milhões de euros), por empréstimos concedidos no âmbito da 'Uma Faixa, Uma Rota'.

A estimativa faz parte de um estudo divulgado no final de maio pelo grupo de reflexão australiano Lowy Institute, que concluiu que Pequim é um encargo financeiro para os países em desenvolvimento.

Também durante a abertura do IIICF, o ministro dos Transportes da Nigéria, Said Ahmed Alkali, defendeu a cooperação com a China como sendo baseada em "respeito mútuo e interesses comuns".

A construção de infraestruturas por parte de empresas chinesas "criou benefícios tangíveis para o nosso povo", disse o dirigente, apontando como exemplo a linha ferroviária que liga a 'capital financeira' da Nigéria, Lagos, a Ibadan, no sudoeste.

O projeto, com uma extensão de 157 quilómetros, construído pela empreiteria estatal chinesa CCECC e inaugurado em 2021, "reforçou a conectividade entre a maior cidade da Nigéria e o interior" do país, sublinhou Alkali.

Também o ministro dos Transportes e Infraestruturas da Nicarágua, Oscar Salvador Mojica Obregón, defendeu 'Uma Faixa, Uma Rota' como um exemplo de "cooperação mutuamente benéfica".

A iniciativa chinesa é "um processo aberto e inclusivo", cujo objetivo é "melhorar a vida das pessoas", através de "benefícios partilhados, com efeitos que transcendem gerações", disse o dirigente.

Leia Também: Internacionalização do yuan incompatível com governação da China

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