A pirataria custa 250 milhões de euros por ano à economia portuguesa e o secretário-geral da associação que representa as operadoras (Apritel), Pedro Mota Soares, alerta para os perigos deste "mundo que está a crescer".
"250 milhões de euros retirados da economia portuguesa significam que Portugal não tem a capacidade de gerar mais emprego em indústrias criativas, não tem a capacidade de gerar e de fluir mais cultura, mais desporto", disse Pedro Mota Soares, em declarações à TVI.
Perante estes dados, "é um país que fica mais pobre financeiramente (...) é um país menos livre", apontou. Mota Soares diz que a pirataria em Portugal é um "mundo que está a crescer" e pede que sejam tomadas medidas para mitigar esta situação.
"No final do dia todos perdem: consumidor põe em causa a sua segurança (...) e também perde porque está num país que fica com menos capacidade de criar cultura", rematou.
A procura por pirataria cinematográfica e televisiva em Portugal registou um "aumento significativo", de acordo com os dados mais recentes da Muso hoje divulgados, com a atividade por utilizador de Internet a exceder a média europeia.
A Muso é uma empresa global de medição de audiência de pirataria. Os seus dados mais recentes "revelam um aumento acentuado na pirataria cinematográfica e televisiva em Portugal, com a atividade por utilizador de Internet a exceder significativamente a média europeia", refere a entidade, em comunicado.
"Os resultados serão de particular interesse para detentores de direitos, órgãos de fiscalização e decisores políticos, uma vez que demonstram o crescente desafio do consumo de conteúdos não licenciados em regiões de alto risco", aponta.
Dados de pirataria em Portugal de 2017 até março deste ano apontam para 8,4 mil milhões de visitas a 'sites' de pirataria registadas e 1,211.21 visitas por utilizador de Internet, bem acima da média europeia.
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