Vendas do grupo Bosch caem 1,4% para 90.300 milhões em 2024

O volume de negócios do grupo Bosch recuou 1,4% em 2024 face a 2023, ou 0,5% após ajustamentos cambiais, para 90.300 milhões de euros, mas aumentou 4% no primeiro trimestre deste ano, anunciou hoje o fabricante de equipamentos automóveis.

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Lusa
08/05/2025 11:57 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

Bosch

 

 

No ano passado, o EBIT (lucro antes de juros e impostos) operacional situou-se nos 3.100 milhões de euros, abaixo dos 4.800 milhões de euros de 2023, e a margem EBIT operacional foi de 3,5%, avança o grupo em comunicado.

No primeiro trimestre de 2025, a Bosch reporta, contudo, uma recuperação das vendas, que subiram 4% em termos homólogos, tanto em euros como após ajustamento cambial.

"O grupo Bosch continua a implementar a sua ambiciosa Estratégia 2030 para reforçar a sua posição competitiva, apesar do contexto de mercado ter sido um travão significativo ao crescimento no ano passado", lê-se no comunicado.

Durante a apresentação dos resultados anuais da empresa, o presidente do Conselho de Administração (CEO) da Robert Bosch GmbH, Stefan Hartung, destacou as "melhorias importantes em termos de custos, estruturas e portefólio" registadas no exercício de 2024.

"Mantemos os nossos objetivos ambiciosos para continuar a crescer e reforçar a nossa independência financeira. A nossa 'Estratégia 2030' dá-nos a orientação de que necessitamos, especialmente em tempos de turbulência global, para nos tornarmos, no prazo máximo de cinco anos, um dos três principais fornecedores nos nossos mercados principais", sustentou.

Com uma taxa de inflação prevista entre os 2% e os 3%, as metas financeiras da Bosch são de um crescimento anual médio entre os 6% e os 8% até 2030, apontando para "uma margem-alvo de 7% em 2026".

Para Stefan Hartung, trata-se de uma "meta extremamente exigente, tendo em conta as perturbações globais e, sobretudo, a concorrência significativamente mais forte proveniente da Ásia".

"Continuaremos a trabalhar intensivamente nos nossos custos e estruturas, concentrando-nos nas áreas de negócio mais rentáveis", destaca o CEO.

Neste sentido, a Bosch anunciou recentemente ajustamentos estruturais e cortes de postos de trabalho em várias áreas, com o objetivo de "reforçar a competitividade da empresa", afirmando estar "em contacto com os representantes dos trabalhadores" e apelando a "uma rápida obtenção de acordo para iniciar o processo de implementação".

"Só assim poderemos aproveitar as oportunidades num mercado dinâmico, incluindo aquelas que surgem de forma repentina. Já não nos podemos permitir atrasos, pois isso enfraqueceria ainda mais a nossa posição competitiva", refere Hartung.

Após ter anunciado, em 22 de novembro do ano passado, que até 2030 prevê suprimir 5.550 postos de trabalho a nível mundial, principalmente na Alemanha, devido a dificuldades no mercado de veículos novos, a Bosch antecipa agora que "o número de postos de trabalho continue a diminuir, especialmente na Alemanha e na Europa".

Relativamente ao ano fiscal de 2025, a Bosch considera que as perspetivas "estão marcadas por incerteza, face à evolução volátil do comércio global", salientando que "as consequências de tarifas adicionais e os possíveis efeitos económicos dos investimentos em infraestruturas na Europa e na Alemanha dificultam ainda mais qualquer avaliação".

Ainda assim, prevê para este ano um crescimento orgânico das receitas entre 1% e 3% e antecipa que a margem EBIT operacional "deverá melhorar significativamente face a 2024, ainda que os resultados continuem a ser influenciados por investimentos antecipados elevados em tecnologias com relevância futura e por ajustamentos estruturais".

Citado no comunicado, o administrador e diretor financeiro da Robert Bosch GmbH, Markus Forschner, admite que, caso a aquisição planeada de partes dos negócios da Johnson Controls e da Hitachi se concretize até meados do ano, o volume total de vendas "poderá crescer ainda mais, entre um a dois pontos percentuais em 2025", estando a consolidação total prevista para o exercício de 2026.

Prevendo a Bosch para o ano em curso um "crescimento modesto da economia global, entre 2,25% e 2,75%, Forschner destaca que a empresa "está a garantir margem financeira ao agir precocemente em tempos de incerteza" e precisa de "trabalhar ainda mais para manter os custos competitivos".

"Vamos impulsionar a nossa estratégia de crescimento através de investimentos, inovações e aquisições", acrescentou.

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