No estudo do Observatório dos Seguros de Saúde, divulgado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a "maioria dos inquiridos afirmou possuir seguro de saúde há menos de cinco anos, refletindo um mercado dinâmico", sendo que "27% têm-no há mais de 10 anos".
Por outro lado, mais de metade dos inquiridos declarou "beneficiar de algum seguro de saúde (32%), subsistema complementar de saúde (21%) ou plano de saúde (11%)", sendo que "tal como em 2023, os beneficiários de seguros de saúde são tendencialmente mais jovens, mais instruídos e com rendimentos superiores à média da população".
Segundo o inquérito, a razão principal para contratar seguro é a dificuldade de acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), apontada por 34% dos inquiridos. Quando à cobertura, para 53% dos inquiridos, o seguro abrange também o agregado familiar, sendo o pagamento suportado "diretamente pelos próprios ou familiares em 55% dos casos e pela entidade empregadora em 36%".
Já o valor médio do prémio mensal, "entre os indivíduos que suportam o custo (ou membros do agregado familiar)", é de cerca de 92 euros.
De acordo com os resultados do inquérito, "a satisfação global, a qualidade do serviço e o nível de confiança mantêm-se elevados (7,9 pontos em 10)", sendo que "quem não possui seguro atribui um nível de confiança inferior (6,1 pontos)".
Já o número de inquiridos que recorreram tanto ao SNS como ao setor privado registou um aumento significativo de 10 pontos percentuais, face a 2023, atingindo 35%.
"Pela primeira vez, foi avaliada a utilização de serviços de telemedicina", sendo que "apenas 10% dos inquiridos referiram ter utilizado estes serviços nos últimos 12 meses".
Realizado entre novembro e dezembro de 2024, o inquérito à população abrangeu 800 inquiridos residentes em Portugal, "com idade igual ou superior a 18 anos, correspondendo a uma margem de erro para a proporção de 3,5 pontos percentuais", lê-se na mesma nota.
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