A cotação do barril de crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no International Exchange a cotar 1,02 dólares acima dos 71,12 com que encerrou as transações na sexta-feira.
O Brent reagiu em alta ao aumento do risco geopolítico, depois da queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, ao fim de cinco décadas e 13 anos de guerra civil, e com a incerteza que se abre no país árabe.
Se bem que a Síria não seja importante no mercado petrolífero, a queda de al-Assad preocupa os inversores dado o risco de agravamento da situação regional, dominada pelos ataques israelitas na Faixa de Gaza e no Líbano.
A cotação também foi influenciada pelo alívio da política monetária e a aposta em medidas orçamentais mais "proativas" anunciadas hoje pela China, para estimular o crescimento económico em 2025.
O arrefecimento da economia chinesa, uma das principais importadoras de petróleo, e a subsequente redução da procura, foi uma das razões que levou ao terceiro adiamento do plano do OPEP+ de aumentar a produção.
O OPEP+ junta os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, com aliados, como a Federação Russa.
Na sua reunião plenária de quinta-feira, o OPEP+ anunciou que iria adiar até 01 de abril a subida gradual da produção e estendeu de 12 para 18 meses - até final de 2026 - o período no qual prevê regressar ao nível de produção antes dos cortes de 2,2 milhões de baris diários, o que se vai traduzir em aumentos mensais inferiores aos 180 mil barris diários planeados.
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