Wall Street fecha em alta graças a indicadores e procura de ações em saldo
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, a beneficiar de uma vaga de compras de ações em saldo [cotações consideradas abaixo do seu justo valor], bem como por indicadores económicos, que mostram uma economia resistente à inflação.
© Lusa
Economia Wall Street
Os resultados definitivos indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,58%, o tecnológico Nasdaq ganhou um por cento e o alagado S&P500 progrediu 0,75%.
A sessão começou logo bem, graças a estatísticas económicas bem recebidas pelos investidores.
O índice de preços na produção (PPI, na sigla em Inglês) saiu acima das expectativas, com 0,2% em agosto, o dobro do esperado pelos economistas, mas, para Matthew Martin, da Oxford Economics, vários elementos explicativos desta surpresa "indicam mais interferências do que um verdadeiro sinal".
Melhor, para Michael Pearce, também da Oxford Economics, o PPI e o índice de preços no consumidor (CPI, na sigla em Inglês), publicado na quarta-feira, deixam entender que o índice das despesas pessoais de consumo [PCE, na sigla em Inglês), ao qual o banco central dos EUA [Reserva Federal (Fed)] dá mais importância, desacelerou nitidamente em agosto.
"Com a baixa dos preços dos combustíveis este mês", admitiu, "a inflação pode regressar aos dois por cento em setembro", que é o objetivo de longo prazo da Fed.
Outro indicador do dia foi o das novas inscrições no desemprego terem correspondido ao esperado pelos economistas.
"Elas foram relativamente estáveis", comentou Patrick O'Hare, da Briefing.com, "o que reforça a hipótese de o mercado de trabalho não estar a sofrer uma erosão rápida e importante".
O'Hare insistiu ainda que "os indicadores validam o cenário de uma aterragem suave da economia".
Além dos números da macroeconomia, "a ressurgência das capitalizações tecnológicas gigantes contribuiu para dar um impulso ao mercado", ainda segundo o analista da Briefing.com.
Assim, entre os valores vedetas do dia estiveram a Meta (+2,69%) e a Alphabet (+2,23%).
"Alguns investidores têm medo de perder o comboio" e de deixar passar valorizações ainda atrativas, realçou O'Hare.
Os investidores foram também encorajados pela capacidade do S&P500 em manter-se acima de um importante limiar técnico, o da média dos últimos 50 dias bolsistas.
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