Wall Street fecha em alta clara depois de um desagrado inicial à inflação
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, a inverter a tendência depois de uma reação inicialmente negativa a um indicador de inflação, graças a uma caça aos títulos a bom preço.
© Lusa
Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,31%, o tecnológico Nasdaq progrediu 2,17% e o alargado S&P500 subiu 1,07%.
Contudo, apesar de acabar assim, a praça bolsista começou abalada com um relatório sobre a inflação.
Esta estatística mostrou que o índice de preços no consumidor [IPC], em agosto, tinha subido 2,5%, em termos anuais, abaixo dos 2,6% esperados pelos economistas e dos 2,9% registados em julho.
Mas o relatório também evidenciou uma aceleração do índice, sem os elementos mais voláteis de energia e alimentação, para 0,3%, em termos mensais, depois dos 0,2% do mês anterior, devido em particular às despesas de habitação e transporte.
"Estes dados são encorajadores no seu conjunto, mas convidam à prudência quanto à trajetória dos preços", reagiu, em nota analítica, José Torres, da Interactive Brokers.
Para Lydia Boussour, analista da EY, "o IPC de agosto reforçou a tese de uma descida da taxa de juro de referência de um quarto de ponto [...], mais do que meio ponto" pelo banco central norte-americano, a Reserva Federal [Fed] na sua próxima reunião, em 17 e 18 de setembro.
Os operadores bolsistas só atribuem agora uma probabilidade de 15% a um corte da taxa de juro em meio ponto percentual, bem abaixo dos 60% de sexta-feira.
Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, sintetizou: "Houve uma reação excessiva ao IPC", que diminuiu "depois de alguma reflexão".
A partir de então, os investidores "fizeram uma pausa depois de uma série de vendas, em particular nos semicondutores", prosseguiu.
Isto permitiu, em particular, que o campeão dos semicondutores para a inteligência artificial, a Nvidia, valorizasse 8,15%, seguida pelas concorrentes AMD (+4,91%) e Broadcom (+6,79%).
O único efeito bolsista visível do debate entre os candidatos presidenciais, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, dominado por esta, foi a queda acentuada, em 10,47%, do título do grupo de 'media' do republicano, a Trump Media and Technology Group (TMTG).
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