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"Novo Banco é mais forte" mas não segura todos os postos de trabalho

Na primeira entrevista concedida a um órgão de comunicação social depois de ter assumido a presidência do BES, há 24 dias, Vítor Bento disse esta quinta-feira, na SIC, que o Novo Banco é hoje "mais forte e mais seguro" do que era quando o BES caiu e disse ainda que a solução encontrada foi a que mais salvaguardou o interesse dos depositantes.

"Novo Banco é mais forte" mas não segura todos os postos de trabalho
Notícias ao Minuto

20:57 - 07/08/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Vítor Bento

Com várias pessoas a exigirem que desse a cara para explicar a crise no Banco Espírito Santo (BES), Vítor Bento disse, esta quinta-feira, em entrevista à SIC, que o Novo Banco, resultante da cisão do BES, é atualmente mais forte e mais seguro que o anterior.

“Acho que devem continuar a confiar no banco. Uma das coisas interessantes que esta solução pode mostrar é que os depositantes estão protegidos e podem continuar a confiar no banco. (…) As várias autoridades sempre afirmaram que os depositantes estavam seguros. A intervenção que se verificou provou essa segurança. O banco hoje é mais seguro e mais forte do que era na sexta-feira passada”, disse o presidente do BES escolhido para suceder a Ricardo Salgado e economista que agora preside o Novo Banco.

Sobre a forma como decorreu esta intervenção, mas também sobre a herança encontrada – um buraco nas contas que levou à queda do BES – Bento disse que preferia ter encontrado outro cenário.

“Preferiria que as coisas tivessem decorrido como estavam previstas inicialmente [entrada depois da apresentação das contas]. (…) O mundo era sempre melhor se fosse como nós queríamos que fosse”, atirou, deixando depois, em jeito descontraído, uma frase que prova que o agudizar da crise no BES foi complicado. “Não vou fazer o rosário dos meus estados de alma nas últimas quatro semanas, porque provavelmente não precisavam de ter telenovela a seguir”.

Admitindo que o convite para liderar o banco, chefiado por Ricardo Salgado durante 22 anos, o surpreendeu, Vítor Bento chegou mesmo, durante a conversa com José Gomes Ferreira, a afirmar que o aceitou por sentido de ‘dever patriótico’. Agora, encarregue de chefiar o Novo Banco, o economista admite que poderão vir a haver despedimentos e encerramento de balcões, mas que ainda é muito cedo para saber se haverá mesmo necessidade, até porque “o banco tem que ser projetado num horizonte de muito longo prazo”.

“Temos de tornar o banco rentável. Criar mecanismo de geração de receita e ajustar a estrutura de custos. Não me pergunte ao fim de dois dias o que vou fazer exatamente. Vai ter de haver um redimensionamento do banco. Isso terá de ser feito com os stakeholders. É provável [que vá haver redução de trabalhadores e número de balcões]”, afirmou o presidente do Novo Banco e ex-conselheiro de Estado.

Sobre o montante que foi ‘investido’ no banco, Bento assegura que é seu objetivo assegurar que os 4,9 mil milhões de capitalização sejam reembolsados, mas, adverte, “milagres não sei fazer”.

Saliente-se que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, descartou, em sede de comissão permanente na Assembleia da República, qualquer responsabilidade do Governo face à manutenção de postos de trabalho no Novo Banco, tendo em conta que este é um banco de transição e o objetivo prende-se com a alienação de ações.

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