Esta foi a posição expressa hoje pelo governador do Banco de França, François Villeroy de Galhau, membro do Conselho de Governadores do BCE, numa conferência de imprensa em Paris.
Galhau salientou que o preço do petróleo não subiu com o aumento da tensão nos últimos dias no conflito do Médio Oriente.
O governador do banco central francês insistiu que os membros do Conselho do BCE continuarão a acompanhar de perto esta variável do preço do petróleo, que, se subir, poderá ter um impacto na inflação geral.
Em todo o caso, indicou que chegou o momento de uma primeira descida das taxas do BCE "no início de junho, a menos que haja uma surpresa".
Mas "não daremos orientações sobre os futuros cortes", dada a incerteza, acrescentou Galhau, além de recordar os três quadrantes que marcam a ação do BCE: a evolução geral da inflação, a da inflação subjacente (que exclui os elementos mais voláteis, como a energia e os alimentos) e "a boa transmissão da política monetária".
"Felizmente estamos a sair da crise inflacionista", com uma taxa de inflação homóloga de 2,4% em março, tanto na zona euro como em França.
Esta inflação atingiu um pico de 10,6% na zona euro em outubro de 2022 e de 7,3% em França em fevereiro de 2023.
O Banco de França estima que a inflação em França diminuirá para 2,5% em média este ano e para 1,7% em 2025.
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