Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,24%, o tecnológico Nasdaq perdeu 1,62% e o alargado S&P500 baixou 1,46%.
"O fator medo impôs-se hoje", comentou Peter Cardillo, da Spartan Capital. "Os investidores estão preocupados com uma extensão do conflito" no Próximo Oriente, explicou o analista, sublinhando que os serviços de informações "afirmam que o Irão vai responder a Israel este fim de semana".
As ameaças do ataque iraniano contra Israel são "credíveis" e "reais", disse hoje um porta-voz da Casa Branca, enquanto o Irão amaçou "punir" Israel depois da destruição do seu consulado em Damas, em 01 de abril.
Perante estas inquietações, os investidores lançaram-se para os ditos valores seguros, em particular na primeira parte da sessão, como o ouro e o dólar.
O ouro atingiu um recorde, com a onça a atingir os 2.431,52 dólares, antes de fechar nos 2.338,90 dólares. Desde o início de março, o metal amarelo valorizou cerca de 18%. "Assistimos a compras de pânico de ouro no início da sessão", reconheceu Peter Cardillo.
Outro valor refúgio, o dólar valorizou para o nível mais alto face ao euro desde novembro, para os 1,0639 dólares por um euro ao fim da tarde.
Outro sinal de ansiedade para a região, as cotações do petróleo atingiram um máximo desde outubro, antes de recuar.
A estas preocupações geopolíticas acrescentaram-se dados dececionantes provenientes da China, com um recuo das exportações de 7,5%, em 12 meses, e de 1,9% para as importações.
Durante o dia, os 11 setores do S&P evoluíram profundamente no vermelho.
Os bancos abriram a época dos resultados, suscitando reações mitigadas.
O JPMorgan, que integra o Dow Jones, apresentou lucros em alta de seis por cento no primeiro trimestre, mas a ação caiu 6,43%, o que pesou claramente sobre o mercado. O seu presidente, Jamie Dimon, avisou para as pressões que a inflação coloca, o que representa uma "compressão das margens".
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