Em declarações à Lusa, Diogo Lopes referiu que a paralisação de hoje, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab) registou uma adesão superior a 80% depois de a administração manter a postura de "não dar qualquer tipo de aumentos" nem sequer "abertura para negociar o caderno [reivindicativo] que foi aprovado".
Segundo o sindicalista, "os trabalhadores mostraram hoje novamente o seu descontentamento, ficando já prevista uma nova greve para dia 26 de abril", para a qual ainda irão enviar um pré-aviso.
"Hoje foi entregue uma moção à empresa", disse, indicando que os trabalhadores deram "30 dias" à Nobre para responder, mas referindo que os trabalhadores têm poucas esperanças.
"A empresa continua a dizer que não vai mexer nos salários, que vai manter o salário mínimo", salientou.
Diogo Lopes deu conta das principais reivindicações dos trabalhadores, que passam precisamente por aumentos salariais, aumento do subsídio de alimentação, entre outras.
Num comunicado enviado a dar conta das razões da greve, o Sintab lembrou que "o caderno reivindicativo apresentado à empresa no início do ano" exigia "um aumento salarial de 150 euros, a valorização do subsídio de refeição e do trabalho noturno, a implementação de diuturnidades, direito a 25 dias de férias, e o fim do recurso à contratação precária, entre outras".
Esta é já a nona greve realizada pelos trabalhadores da Nobre desde o ano passado, lembrou o dirigente.
A Lusa contactou a Nobre e espera resposta.
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