Lagarde admite: É "provável" que o BCE baixe juros no verão
Contudo, a líder do BCE admitiu que tem de ser "cautelosa" e justifica-se.
© Reuters
Economia BCE
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, admitiu, esta quarta-feira, à margem do Fórum Económico Mundial, que decorre na cidade suíça de Davos, que é "provável" que o banco central corte as taxas de juro no verão.
"Eu diria que é provável também", disse Lagarde, em declarações à Bloomberg, quando questionada sobre se concorda com as afirmações de outros colegas do banco central nesse sentido.
Contudo, a líder do BCE admitiu que tem de ser "cautelosa" e justifica-se: "Dependemos da informação e ainda há um nível de incerteza, alguns indicadores não estão no nível a que gostaríamos de os ver".
Lagarde disse ainda que "não ajuda no combate à inflação se houver tanta antecipação", tentando assim moderar as expectativas relativamente a este tema.
Porém, disse que a inflação está "no caminho certo", mas que ainda é muito cedo para declarar vitória.
Leia Também: Confirma-se. Inflação sobe para 2,9% na zona euro, após 7 meses em queda
Na terça-feira, recorde-se, o governador do Banco de Portugal (BdP) reiterou que a trajetória da inflação na zona euro é muito positiva e o Banco Central Europeu (BCE) não precisa de agir muito mais para levar os preços aos 2% no médio prazo.
Em declarações à rede americana CNBC no âmbito do Fórum Económico Mundial, que decorre na cidade suíça de Davos, Mário Centeno defendeu que o BCE tem como objetivo a inflação de médio prazo e não a inflação de fevereiro, considerando que "a trajetória é muito positiva neste momento".
De referir também que já no início deste ano, a presidente do BCE referiu que as taxas de juro da zona euro atingiram o seu pico, depois de subirem face à elevada inflação no ano passado.
Leia Também: Levar inflação aos 2%? "Não precisamos de fazer mais" do que o necessário
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com