"Estamos prontos para investir 6 mil milhões de dólares nos próximos anos. Estamos a analisar em profundidade mais oportunidades de produção de gás e em águas profundas", disse o CEO do gigante francês da energia, Patrick Pouyanné, de acordo com um comunicado presidencial.
O chefe de Estado nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, manteve conversações com Pouyanné em Abuja, a capital do país, esta segunda-feira.
"Está tudo no sítio. Só precisamos de finalizar ajustes e as mudanças necessárias para desbloquear o potencial excecional do petróleo e do gás", continuou Pouyanné, de acordo com a Presidência.
A Nigéria é "muito importante" para a TotalEnergies, que representa entre 8% e 10% da produção total de petróleo do grupo, segundo o CEO, citado no comunicado de imprensa.
O Presidente nigeriano também se comprometeu a "remover todos os obstáculos na indústria do petróleo e do gás". "Estamos prontos para trabalhar convosco", afirmou.
A empresa de petróleo e gás indicou que "tem uma carteira substancial de projetos, que podem representar 6 mil milhões de dólares de investimento nos próximos anos".
Há dez dias, o gabinete do Presidente nigeriano anunciou compromissos semelhantes do gigante britânico do petróleo e do gás Shell, no valor de 6 mil milhões de dólares, em projetos offshore, de gás natural e de gás natural liquefeito (GNL).
Desde a sua tomada de posse, no final de maio, Bola Ahmed Tinubu tomou uma série de medidas económicas destinadas a atrair mais investimentos estrangeiros para o maior produtor africano de petróleo e membro da OPEP.
Uma lei, a Petroleum Industry Bill, adotada em 2021 após anos de debate e atrasos, já tinha como objetivo atrair mais investimento estrangeiro para o setor petrolífero através de alterações à regulamentação, royalties e impostos.
A Nigéria tem visto a sua produção petrolífera diminuir nos últimos anos devido ao roubo generalizado de oleodutos, a ataques, aos elevados custos operacionais e à burocracia, que têm dissuadido os investidores.
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