Taxa de poupança das famílias sobe para 5,7% no 2.º trimestre
A taxa de poupança das famílias subiu para 5,7% no segundo trimestre do ano, refletindo um aumento do rendimento disponível bruto superior ao do consumo privado, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Economia INE
"A taxa de poupança das famílias atingiu 5,7%, traduzindo um aumento de 0,4 pontos percentuais relativamente ao trimestre anterior", avança o INE.
De acordo com estes dados, que têm por base a informação do ano terminado no trimestre, por cada 100 euros disponíveis, as famílias pouparam 5,7 euros neste período.
Segundo o organismo estatístico, este desempenho resultou de um aumento de 1,9% do rendimento disponível bruto (RDB) (1,3% no trimestre anterior), superior ao crescimento de 1,6% do consumo privado.
O INE nota que, sendo estes valores nominais, no caso do consumo privado significa que a sua evolução é marcada pela aceleração dos preços. Em termos reais, o consumo privado aumentou apenas 0,3% no ano acabado no segundo trimestre de 2023.
A capacidade de financiamento das famílias aumentou para 0,5% do PIB no segundo trimestre de 2023, o que representa um incremento de 0,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior e traduz o aumento de 8,0% da poupança das famílias, combinado com uma redução de 0,4% da Formação Bruta de Capital.
No segundo trimestre, registaram-se crescimentos de 2,7% e 0,4% das remunerações e do Valor Acrescentado Bruto (VAB), respetivamente, tendo a despesa de consumo final aumentado 1,6% (2,5% no trimestre anterior), determinando o aumento da taxa de poupança para 5,7% (5,3% no trimestre anterior).
Em termos reais, o RDB ajustado 'per capita' das famílias aumentou 0,4% no segundo trimestre de 2023.
A Formação Bruto de Capital Fixo (FBCF) das famílias, que corresponde essencialmente à FBCF em habitação, manteve-se praticamente inalterada, registando uma taxa de variação de -0,1% no segundo trimestre de 2023 (-0,6% no trimestre anterior).
Já a taxa de investimento das famílias (medida através do rácio entre a FBCF e o rendimento disponível) atingiu 5,9%, menos 0,1 pontos percentuais que no trimestre anterior, indica o INE.
Os dados revelam ainda que o RDB ajustado 'per capita' das famílias, em termos reais, aumentou 0,4% no segundo trimestre de 2023, após uma diminuição de 0,5% no trimestre anterior.
Por outro lado, o consumo final real 'per capita' aumentou 0,3% no segundo trimestre de 2023 (0,6% no trimestre anterior).
O RDB ajustado difere do RDB por incluir o valor dos bens e serviços adquiridos ou produzidos pelas AP (Administrações Públicas) ou ISFLSF (Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias) e que se destinam ao consumo das famílias, como sejam, por exemplo, comparticipações na aquisição de medicamentos pelas famílias.
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