"Penso que deve ser um meio para atingir um fim, que é ter uma vida melhor, tanto os nossos visitantes como os locais", defendeu a diretora dos Serviços de Turismo de Macau, durante uma sessão sobre o futuro do turismo da Ásia, no Fórum Global de Economia e Turismo (GTEF, na sigla em inglês), que está a decorrer até sábado.
Helena de Senna Fernandes frisou que "a sustentabilidade" do setor significa "que todos tenham uma vida melhor".
O turismo da região administrativa chinesa, um dos pilares da economia local, foi fortemente abalado por três anos de restrições impostas pela pandemia da covid-19, apenas levantadas em janeiro.
Macau, que tem vindo desde então a recuperar os valores pré-pandemia, recebeu em agosto mais de 3,2 milhões de visitantes, o número mais elevado desde o mesmo mês de 2019, de acordo com dados divulgados este mês pela Direção dos Serviços de Estatística e Censos.
O "primeiro destino" no mundo a reabrir portas ao turismo, "logo após a covid e já em julho de 2020" foram as Maldivas, segundo lembrou durante a conferência o vice-presidente do Centro de Investigação da Economia do Turismo Global (China), Xu Jing, para quem a Ásia continuará a ser "uma potência do turismo".
Representado em Macau pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, o país insular estabeleceu como meta para 2030 "tornar-se neutro em termos de carbono".
"O nosso objetivo é ter o destino turístico mais sustentável do mundo em termos ambientais e isso atrairia gerações mais jovens", declarou Hussain Niyaaz.
Já as Filipinas, que estimam que em 2028 o turismo "consiga empregar um total de mais de 34 milhões" de locais, querem "assegurar um desenvolvimento sustentável nos destinos premiados" da nação e expandir o desenvolvimento ao interior e outras áreas do país, como Mindanao, a segunda maior ilha do país do sudeste asiático.
"Afinal de contas, todo o desenvolvimento da nossa indústria do turismo tem de ser para o benefício dos nossos compatriotas", notou a secretária do Departamento do Turismo das Filipinas, Christina Garcia Frasco.
Uma das apostas do setor para o Sri-Lanka passa pelos "turistas com maior poder de compra", sublinhou ainda o presidente da Autoridade para o Desenvolvimento do Turismo deste país, Priantha Fernando.
Dos cinco milhões de turistas que se pretende atrair anualmente em 2029, a presidência cingalesa "gostaria que pelo menos 2,5 milhões" gastassem mais de 500 dólares (470 euros) por dia.
"Porque compreendemos que temos de assegurar outros segmentos e também porque, atualmente, o turismo é o segundo maior fornecedor de divisas para o país. Até 2027, estabelecemos o objetivo de fazer do turismo a maior fonte de divisas para o Sri Lanka", concluiu.
Leia Também: Turismo acima da média, mas desemprego e pobreza são elevados na Madeira