A decisão do conselho de administração do FMI foi confirmada, depois, em comunicado, no âmbito da quinta e sexta revisões do acordo de refinanciamento da dívida que a Argentina contraiu junto do fundo.
A juntar aos 7.500 milhões de dólares do FMI, o Banco Mundial (BM) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também reforçaram a ajuda em 650 milhões de dólares (quase 600 milhões de euros) cada um, renovando o apoio ao país que se afunda numa grave crise financeira.
A decisão do FMI foi "unânime", revelou o porta-voz do Governo argentino, Sergio Massa, que é também candidato às eleições presidenciais, durante uma visita a Washington, onde se encontrou com a diretora-geral do fundo, Kristalina Georgieva.
Este novo financiamento eleva para 36,3 mil milhões de dólares (cerca de 33,4 milhões de euros) o montante total de fundos já atribuídos pelo FMI à Argentina, desde o início do programa de ajuda, em março de 2022.
Ao todo, o programa, com uma duração de 30 meses, deverá fornecer uma ajuda total de 44 mil milhões de dólares (mais de 40 mil milhões de euros) a Buenos Aires, naquele que é, de longe, o maior programa de ajuda em curso do FMI.
O acordo de financiamento assinado em março de 2022 entre a Argentina e o FMI é o 13.º celebrado entre a instituição e o país sul-americano, desde 1983, e tem como objetivo controlar a inflação crónica no país.
No entanto, a inflação atingiu 115,6% em termos anuais em junho, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INDEC).
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