"Os resultados que apresentamos hoje são muito positivos, conforme o que tem sido a regra dos resultados dos bancos, diria, do mundo inteiro, particularmente da Europa", afirmou, destacando a influência das taxas de juro, mas também a "jornada de transformação" que a instituição iniciou há alguns anos.
No primeiro semestre, o Santander obteve um resultado líquido de 333,7 milhões de euros, num crescimento de 38,3% face aos 241,3 milhões de euros registados no período homólogo.
Pedro Castro e Almeida precisou que "a margem financeira é o que tem ajudado a subir os resultados do banco em Portugal e no mundo inteiro, pelo menos no hemisfério norte".
Nos primeiros seis meses do ano, em termos consolidados, a margem financeira subiu 58,4% para 586 milhões de euros, refletindo a subida das taxas de juro mais elevadas.
O produto bancário aumentou 35,5% para 830,4 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas diminuíram 3,5% para 231,2 milhões de euros.
Os custos operacionais cresceram 5,3% face ao período homólogo, para 255,4 milhões de euros.
No final de junho, a carteira de crédito caiu 3,8% para 41,9 mil milhões de euros, devido "à amortização antecipada de créditos e pela menor originação de novos créditos, tendo a carteira de crédito hipotecário, no montante de 22,4 mil milhões de euros, registado um decréscimo de 1,2% face ao período homólogo.
Já o crédito ao consumo cresceu 2% para 1,8 mil milhões de euros, enquanto o crédito a empresas caiu 9,2% para 14,5 mil milhões de euros.
Os depósitos caíram 8,8% para 40,1 mil milhões de euros.
O Santander constituiu provisões líquidas e outros resultados de 38,9 milhões de euros, uma subida de 79,6% face ao período homólogo, o que reflete "o aumento dos encargos relacionados com a contribuição extraordinária sobre o setor bancário com o adicional de solidariedade, assim como os impactos da alienação de ativos concorrentes detidos para venda realizada no mesmo período de 2022".
O rácio de 'Non-Performing Exposure' (NPE) situou-se em 2,1.
[Notícia atualizada às 10h48]
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