O índice de preços no consumidor (IPC) subiu ligeiramente em relação a maio (3,2%), correspondendo às expectativas dos economistas.
Sem incluir também a energia, uma vez que os preços do petróleo e do gás estão em declínio acentuado após o aumento de 2022, a inflação no Japão, no mês passado, situou-se em 4,2%, ligeiramente abaixo do pico registado em maio (4,3%), o mais elevado das últimas quatro décadas.
A inflação japonesa tem apresentado sinais de resistência, uma vez que as empresas estão a adiar a repercussão do aumento dos custos nos preços de venda.
O Banco do Japão (BoJ) deve atualizar as previsões de crescimento e de inflação no final da reunião de política monetária, que se realiza hoje.
Economistas disseram esperar que o BoJ aumente significativamente a previsão de inflação para o atual exercício financeiro de 2023/24, que teve início em 01 de abril e está atualmente fixado em 1,8%, excluindo produtos frescos, e 2,5%, quando excluídos produtos frescos e energia.
No entanto, apesar de a inflação estar a subir acima da meta de 2% há mais de um ano, o BoJ manteve, até ao momento, a política monetária, por considerar não estarem reunidas as condições no país para alcançar este objetivo numa base sustentável.
No início da semana, o Governador do BoJ, Kazuo Ueda, defendeu esta posição, atenuando as especulações do mercado de que o banco central japonês podia começar a apertar a política monetária já este mês.
Para o economista-chefe para a Ásia-Pacífico da agência de notação Standard & Poor's Louis Kuijs, aumentar as taxas de juro se a inflação voltar a cair podia ir além de um abrandamento económico indesejado e desencadear um "cataclismo fiscal".
É provável que o BoJ adote, por enquanto, uma atitude cautelosa, acrescentou o economista.
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