Numa apresentação aos jornalistas, o CEO realçou que o grupo teve "resultados muito positivos" no ano passado, tem uma "situação financeira muito consolidada" e está comprometido com uma "gestão muito ativa do talento".
O grupo registou resultados líquidos de 92 milhões de euros em 2022, um aumento de 59% face ao ano anterior, tendo os proveitos (excluindo a Brisa) subido 20% para 1.255 milhões de euros.
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), excluindo a Brisa, registou uma subida de 39% para 192 milhões de euros.
A contribuir para o desempenho estiveram as empresas detidas pelo grupo.
Os resultados líquidos da Bondalti, que a José de Mello detém na totalidade, operando na indústria química e tem feito também investimentos na área de tratamento de águas, subiram de 19 milhões de euros em 2021 para 52 milhões de euros em 2022.
Já a CUF (rede de hospitais e clínicas em que o grupo tem 66% do capital) registou resultados líquidos de 33 milhões de euros, enquanto os resultados da Brisa (infraestruturas rodoviárias e mobilidade, na qual detém 17%) subiram 241 milhões de euros.
"Estes resultados foram alcançados também com níveis de investimento muito relevantes", disse Salvador de Mello, informando que o investimento aumentou cerca de 50% para 159 milhões de euros.
Entre os principais investimentos no ano passado, Salvador de Mello destacou a área da saúde, com a expansão da rede CUF (a CUF registou níveis de investimento de 58 milhões de euros), "novas tecnologias na área química, novas tecnologias fabris na Bondalti (investimento de 18 milhões de euros) e na área da mobilidade, com a área internacional da Brisa (a empresa registou investimento de 79 milhões de euros).
Questionado sobre o investimento previsto para este ano, Luís Goes, responsável pelas áreas financeira e de estratégia do grupo, escusou-se a entrar em detalhes, considerando que o nível de investimento do ano passado "parece perfeitamente razoável e adequado".
"Aquilo que temos pela frente são sempre níveis de investimento significativos, uma vez que o grupo (...) tem um portfólio bastante vasto, bastante amplo, e onde quer sempre tomar uma liderança no setor onde está, quer na CUF, quer na Brisa, quer mesmo na Bondalti. O objetivo é sempre liderar-nos e ganhar quota de mercado", referiu.
No final de 2022, incluindo prestadores de serviços, o grupo conta com 14.813 pessoas, a grande maioria na CUF.
Salvador de Mello explicou ainda que a Ravasqueira passará a consolidar integralmente nas contas do grupo em 2023, dando nota de que é um setor que pretende "desenvolver".
"Partindo dessa decisão, queremos desenvolver o setor dos vinhos, sendo um setor que consideramos com potencial de crescimento, passarmos a ter um negócio dos vinhos", disse.
[Notícia atualizada às 16h02]
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