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"Somos transporte alternativo, que acrescenta valor às opções em Lisboa"

Whoosh está em Lisboa há cerca de um ano. Empresa diz que a maioria das viagens são "feitas para uso pendular diário, não para entretenimento" e, por isso, considera que "acrescenta valor às opções de transporte" na capital portuguesa, numa altura em que a mobilidade está mais condicionada.

"Somos transporte alternativo, que acrescenta valor às opções em Lisboa"
Notícias ao Minuto

09:15 - 09/06/23 por Beatriz Vasconcelos

Economia Whoosh

A Whoosh, uma empresa de partilha de trotinetas elétricas, está em Lisboa há cerca de um ano e diz ser um meio alternativo que acrescenta valor às opções de transporte na capital portuguesa, numa altura em que há vários constrangimentos de trânsito no centro da cidade

"Sobre o nosso negócio, conquistámos utilizadores, maioritariamente locais, e sabemos que a maioria das viagens com as nossas trotinetes foram feitas para uso pendular diário, não para entretenimento. Dessa forma, demonstrámos que somos um meio de transporte alternativo, que acrescenta valor às opções de transporte em Lisboa", disse o CEO da Whoosh para Portugal, João Pereira dos Reis, em declarações ao Notícias ao Minuto

Caos no transito em Lisboa? "Whoosh é uma solução às dificuldades de mobilidade"

O responsável acrescenta que esta é a mensagem que a empresa quer transmitir: "A de assumir as trotinetes como uma forma sustentada e sustentável de circular pela capital. E torna-se ainda mais urgente, numa fase tão complexa como aquela que se verifica em Lisboa, com inúmeros eventos de grandes dimensões prestes a realizar-se, em conjunto com as obras que se fazem sentir um pouco por todo o lado, com especial impacto na Baixa". 

"A Whoosh é uma solução às dificuldades de mobilidade na cidade e à inevitável criação de mais espaços com limitação ao trânsito automóvel", referiu João Pereira dos Reis.

Em jeito de balanço deste primeiro ano em Portugal, João Pereira dos Reis destaca que o mercado das trotinetas é muito competitivo: 

"Este primeiro ano em Lisboa tem sido deveras interessante, desde logo, por ser um mercado muito competitivo, com cinco operadores, os quais têm características e estratégias muito específicas. Veja-se que já tivemos mais de uma dezena de empresas de trotinetes. Ora, esta distorção era algo impossível de sustentar durante muito tempo. Naturalmente, o mercado iria criar as suas próprias dinâmicas, para assim oferecer melhores serviços e soluções para o crescente número de consumidores", disse. 

O CEO da Whoosh elucida que, "fruto desta realidade, e da forma intensa como todos desenvolvem o seu modelo de negócio, foi necessário fazer um novo acordo com a autarquia", que "vai ao encontro das premissas pelas quais a Whoosh pugna, de maior civismo na utilização das trotinetas e uma gestão mais regulada do setor, indo ao encontro das necessidades da cidade".

Paris acabava com as trotinetas. E Lisboa? 

Relativamente à decisão tomada em Paris de se acabar com as trotinetas elétricas, João Pereira dos Reis considera que esta realidade estará longe de se verificar em Lisboa: "É uma realidade que nem pouco mais ou menos identificamos em Lisboa. Pelo contrário, aqui verificamos que esta é uma resposta que visa maior mobilidade e facilidade de deslocação, em zonas onde o tráfego automóvel já atingiu ou ultrapassou o limite urbanístico e ambiental". 

Foi estabelecido um diálogo saudável, que nos permite colaborar e potenciar os serviços. (...) Não acredito que Lisboa siga o exemplo de Paris

O responsável da empresa de trotinetas explicava que os "operadores parisienses usavam um modelo free-float, que permite aos utilizadores estacionar as trotinetes onde assim o entenderem, desde que no interior das linhas das zonas operacionais". Contudo, em Lisboa, os "operadores de micromobilidade aplicam um sistema de parqueamento virtual", que visa "garantir um estacionamento mais ordeiro dos veículos". 

"Ao contrário de Paris, foi estabelecido um diálogo saudável, que nos permite colaborar e potenciar os serviços, em nome de uma melhor mobilidade urbana. Os cinco operadores que desenvolvem o seu negócio na capital estão a trabalhar no sentido de minimizar a tensão e maximizar o lucro não económico da micromobilidade partilhada. Nesse sentido, não acredito que Lisboa siga o exemplo de Paris", concluiu. 

Que medidas devem ser tomadas? 

João Pereira dos Reis diz que há algumas medidas "cruciais" para responder ao problema da mobilidade e destaca as seguintes: "Apostar e privilegiar os transportes públicos, e criar mais lugares de estacionamento e ciclovias para soluções de última milha, neste caso, bicicletas e e-scooters".

"Por outro lado, considero que num futuro próximo assistiremos à aplicação de medidas fiscais, por exemplo, no setor empresarial, onde as empresas podem agregar ao pacote de benefícios para os seus funcionários a compra de passes, aquisição de bicicletas ou mesmo o acesso a passes para a utilização de trotinetas partilhadas", remata. 

Sobre as trotinetas ao abandono, que muitas vezes são visíveis pela cidade, o responsável pela Whoosh diz que ainda não é possível "abrir totalmente o jogo" quanto às medidas que estão a ser desenvolvidas. Contudo, assegura que é possível "aferir quem conduziu determinada trotineta, quando, durante quanto tempo e as condições em que a encontrou e a deixou, pelo que quaisquer violações do código da estrada ou de conduta são facilmente identificadas". 

Leia Também: Associação de Seguradores defende seguro obrigatório para as trotinetas

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