Um "conjunto de obras estruturais" que estão a ser levadas a cabo em Lisboa vão, temporariamente, complicar a vida aos condutores que se movimentam na cidade. A partir de dia 26 de abril, os automobilistas terão alguns constrangimentos, tendo a autarquia criado uma página no site oficial e um mapa que permite perceber (e explicar) todas as alterações.
Estas obras, explica a Câmara Municipal no referido site, são "fundamentais para preparar a cidade para os desafios do futuro, na mobilidade, saneamento e património" mas vão, "inevitavelmente, condicionar o sistema de acessibilidades na cidade, nomeadamente na Av. 24 de Julho e Zona Ribeirinha".
São elas:
- Plano Geral de Drenagem na Av. da Liberdade e Santa Apolónia;
- Requalificação da Rua do Arsenal e topo norte da Praça do Comércio;
- Alteração dos coletores da Rua da Prata e da Av. Infante D. Henrique;
- Expansão da Linha Verde do Metropolitano.
A partir de dia 26, "a circulação rodoviária será interrompida ao trânsito em geral, em ambos os sentidos, na Zona Ribeirinha e Av. 24 de Julho, entre a Av. Infante Santo e a Av. Mouzinho de Albuquerque".
As restrições "dependem das várias obras em curso", sendo que não há uma data em concreto que possa ser apontada para o fim dos constrangimentos. A Câmara Municipal de Lisboa compromete-se a "monitorizar a situação em permanência, de forma a adequar as restrições às necessidades de mobilidade na cidade".
Uma das alterações será a restrição da circulação na zona ribeirinha, existindo, contudo, uma zona restrita onde só poderão aceder "transportes públicos" e o "trânsito local: quem reside, trabalha, ou tem como destino esta zona", adianta ainda a Câmara Municipal de Lisboa. Os veículos TVDE e os veículos ligeiros de animação turística poderão também ter acesso a esta zona "para tomada e largada de passageiros (pick up e drop off)".
Segundo o vereador com a pasta da mobilidade, Anacoreta Correia, entre as medidas de condicionamento de trânsito à Baixa está a proibição de acesso a veículos com mais de 3,5 toneladas entre as 08h00 e as 20h00, quer sejam viaturas para abastecimento de estabelecimentos comerciais ou autocarros de transporte turístico, e esta é uma medida que quase de certeza se manterá mesmo depois de as obras acabarem. A exceção a esta regra serão os autocarros dos transportes públicos, como os da Carris.
Os constrangimentos e as alternativas na Zona Ribeirinha© Reprodução / Câmara Municipal de Lisboa
Mas quais os percursos alternativos para o trânsito geral?
A Câmara Municipal de Lisboa adianta que "o trânsito geral deve optar pela 5ª Circular":
- Av. Infante Santo ► Praça da Estrela ► Largo do Rato ► Rua Alexandre Herculano ► Rua do Conde de Redondo ► Av. Almirante Reis ► Praça do Chile ► Rua Morais Soares ► Praça Paiva Couceiro ► Av. Mouzinho de Albuquerque (em ambos os sentidos);
Sentido Parque das Nações - Algés:
- Desvio para a Av. Mouzinho de Albuquerque em direção ao centro da cidade pela 5ª Circular.
Sentido Algés - Parque das Nações:
- Desvio para a Av. Infante Santo em direção ao centro da cidade pela 5ª Circular.
Sentido Norte / Sul:
- Trânsito proveniente da Av. Liberdade: inversão de sentido no Rossio, com retorno ao Marquês de Pombal;
- Trânsito proveniente da Av. Almirante Reis: inversão no Martim Moniz ou na Praça da Figueira, nos Restauradores ou no Rossio;
- Trânsito proveniente do Príncipe Real: será desviado na Praça Luís de Camões em direção à Calçada do Combro e Estrela.
Quais os percursos alternativos para o trânsito local?
"A circulação rodoviária, em ambos os sentidos, entre a Av. Infante Santo e a Av. Mouzinho de Albuquerque, será reservada apenas ao trânsito local", vinca a autarquia.
Eis as alternativas:
- Cais do Sodré: Acesso em Algés ou Alcântara pela Av. Brasília e Rua Cintura do Porto de Lisboa;
- Praça D. Luís I: Acesso ao corredor BUS no Largo de Santos, que será partilhado nesse troço com os transportes públicos;
- Rua da Esperança: Apenas podem aceder os residentes e transportes públicos.
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