Este acordo "melhora as perspetivas das reservas líquidas da Argentina", realçou o ministro da Economia argentino, Sergio Massa, durante o encontro com o embaixador chinês em Buenos Aires, Zou Xiaoli, e empresários de vários setores.
Mediante o estipulado, as empresas argentinas vão pagar com yuans as suas importações provenientes da China em abril, no montante de 1,070 mil milhões de dólares, e fará o mesmo em maio, com operações programadas e avaliadas em 790 milhões de dólares.
Estatísticas oficiais indicam que a China é o principal exportador para a Argentina, com vendas de 17,502 mil milhões de dólares em 2022, representantes de 21% do total das importações argentinas no último ano.
Massa recordou que devido "à pior seca da sua história" e com uma queda de exportações de 15 mil milhões de dólares este ano, a economia argentina está "perante o desafio de manter as suas reservas a funcionar e fortalecidas".
O banco central argentino está com sérias dificuldades para conter a perda de reservas monetárias, e, de facto, mantém desde junho último restrições no acesso a divisas para o pagamento de importações, o que complica a atividade das empresas que precisam de importar bens intermédios para a sua produção.
Massa assinalou que este cenário "obriga a repensar" o acordo com o Fundo Monetário Internacional, assinado em 2022, que inclui entre os seus objetivos a acumulação de reservas, e "redefinir a estratégia de trabalho" com importadores y exportadores.
O acordo com a China foi anunciado em momento de forte tensão cambial na Argentina, com cotações recorde da moeda norte-americana no mercado paralelo.
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