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"A mais moderna". Indústria portuguesa de calçado investe 50 milhões

A indústria portuguesa de calçado anunciou hoje estar a investir 50 milhões de euros num projeto que, envolvendo 44 parceiros, se propõe desenvolver a "fábrica inteligente do futuro" e consolidar a fileira como "a mais moderna do mundo".

"A mais moderna". Indústria portuguesa de calçado investe 50 milhões
Notícias ao Minuto

11:14 - 28/03/23 por Lusa

Economia Calçado

Em comunicado, a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) avança que o FAIST -- Fábrica Ágil, Inteligente, Sustentável e Tecnológica tem como principal objetivo "dotar e capacitar esta indústria de tecnologias inovadoras, processos e materiais sustentáveis, aumentando a capacidade de resposta aos requisitos do mercado, e continuar a fazer da indústria portuguesa do calçado e marroquinaria a mais moderna do mundo".

Envolvendo um investimento de 50 milhões de euros no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), no domínio das Agendas Mobilizadoras, o projeto está a ser implementado por um consórcio - liderado pela empresa Carité e coordenado tecnicamente pelo Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP) - constituído por 44 copromotores, sendo 14 empresas de calçado e marroquinaria, nove empresas de componentes, 15 empresas de base tecnológica e seis entidades associativas e de ciência e interface tecnológico.

Citada no comunicado, a coordenadora do projeto explica que, a nível da inovação, o FAIST prevê "a modernização dos processos e de novos produtos, tornando a indústria portuguesa mais ágil e competitiva".

Para tal, aposta no "desenvolvimento de processos produtivos robotizados e automatizados, 'software' de gestão e controlo de produção, em paralelo com o desenvolvimento e produção de novas tipologias de produtos ecológicos e sustentáveis".

Desse modo, salienta Florbela Silva, será possível que "as empresas portuguesas de calçado e marroquinaria alarguem a sua gama de produtos".

Já no domínio da eficiência produtiva, com este projeto o setor deverá conseguir "aumentar o seu grau de especialização, reduzindo o desperdício de energia e recursos com uma imprescindível maior qualificação e capacitação dos recursos humanos".

No final, acrescenta, "a disseminação destas tecnologias pelo setor estará assegurada por um programa de comunicação estruturado e inovador, permitindo ganhar escala internacional".

A coordenadora do FAIST considera que um dos fatores críticos do projeto passa pela "atração de empresas de base tecnológica, com tradição e experiência noutras indústrias, para desenvolvimento de novos equipamentos e processos industriais disruptivos, mais eficientes e com aumento de capacidade produtiva".

Para isso, enfatiza, a Agenda FAIST vai "apostar em empresas portuguesas para a produção de bens de equipamentos e processos inovadores, reduzindo assim a importação destas tecnologias e aumentando as oportunidades para a indústria nacional com impacto no crescimento de postos de trabalho qualificados".

"A concretização deste projeto dará um impulso significativo ao 'cluster' do calçado e marroquinaria português, aumentando o seu grau de especialização tanto em novos produtos, como em bens de equipamentos e processos", sustenta Florbela Silva.

Como consequência, "serão alcançados aumentos importantes na agilidade da resposta aos mercados e da sustentabilidade, suportadas em tecnologia e inteligência, com uma elevada diferenciação e projeção internacional".

No "Plano Estratégico do 'Cluster' do Calçado 2030", recentemente apresentado pela APICCAPS, o setor assume a ambição de "ser a referência internacional da indústria de calçado e reforçar as exportações portuguesas, aliando virtuosamente a sofisticação e criatividade com a eficiência produtiva, assente no desenvolvimento tecnológico e na gestão da cadeia internacional de valor, assim garantindo o futuro de uma base produtiva nacional, sustentável e altamente competitiva".

Em 2022, as exportações portuguesas de calçado e artigos de pele aumentaram 22,2%, para o novo máximo histórico de 2.347 milhões de euros, com todos os segmentos da fileira a registarem "crescimentos expressivos" em termos homólogos.

No total, Portugal exportou 76 milhões de pares de calçado no ano passado, no valor de 2.009 milhões de euros, ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 2.000 milhões de euros.

Face ao ano anterior, assinala-se um acréscimo de 10,5% em quantidade e de 20,2% em valor, sendo que, relativamente a 2019, as exportações cresceram mais de 13,8%.

O preço médio do calçado exportado situou-se nos 26,40 euros, o que representa um crescimento de 8,7% face a 2021.

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