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Costa pede "política comercial mais ambiciosa" em Bruxelas

De acordo com o primeiro-ministro há várias medidas a adotar para reforçar a competitividade da economia europeia, a nível do mercado energético.

Costa pede "política comercial mais ambiciosa" em Bruxelas
Notícias ao Minuto

13:19 - 24/03/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia Bruxelas

António Costa realçou, esta sexta-feira, ao fim de dois dias de Conselho Europeu, a importância de adotar várias medidas para reforçar a competitividade da economia europeia em relação ao mercado energético.

A partir de Bruxelas, na Bélgica, o primeiro-ministro português pediu uma "política comercial mais ambiciosa", uma "reforma efetiva" nesta área, tal como ontem já tinha referido.

"Com a garantia que é dada de suficiente liquidez no sistema bancário é muito importante que essa liquidez seja orientada para o investimento produtivo para transição energética, para a criação de mais e melhor emprego e que não continue a ser consumida excessivamente no investimento em imobiliário", atirou.

Para o chefe do Governo português, "é essencial a reforma do mercado energético". Apesar de considerar "positivo" que a Comissão Europeia tenha "apresentado uma comunicação nesse sentido", em referência à "mensagem de grande confiança" que a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, Costa considerou que é "muito insuficiente e pouco ambiciosa", tendo em conta o que é necessário fazer "entre a fixação do preço da eletricidade em função da fonte de produção de eletricidade".

O primeiro-ministro apontou ainda que, por seu lado, teve "oportunidade de sublinhar que essa estabilidade e essa confiança seriam seguramente reforçadas se pudéssemos acelerar a conclusão da União Bancária, em particular com o sistema de garantia de depósitos".

Segundo Costa, "isso seria também fundamental para, associada à União de Capitais, reforçar a capacidade de investimento das empresas e nas empresas, de modo a que elas possam acelerar o seu processo de modernização e de participação na dupla transição, digital e energética".

"É conhecido o que é que a senhora Lagarde disse, porque disse no Conselho exatamente o que tem dito em público. Quanto ao que eu disse no Conselho, também é exatamente o que eu tenho dito em público: convém que o BCE seja muito prudente relativamente à forma como está a conduzir esta política monetária", disse.

António Costa advertiu que "é verdade que a economia tem mostrado bastante robustez do que aquilo que se esperava, mas todos receamos que isso decorra do facto de ter havido uma acumulação muito significativa de poupança e liquidez fruto da pandemia e, conforme essas poupanças forem diminuindo, as medidas de aumento das taxas de juro possam ter efeito".

"No que diz respeito aos Estados, e em particular Estados onde há um elevado acesso ao crédito para habitação própria, naturalmente que têm de adotar medidas que protejam as famílias dos efeitos desta política do BCE", comentou.

Os líderes da UE reiteraram hoje que o setor bancário "é resiliente, com fortes posições de capital e liquidez", num dia em que vários bancos europeus estão em forte queda bolsista.

Costa quer "acelerar acesso à educação" na Europa

Já sobre as tendências demográficas da Europa, a que o primeiro-ministro disse ser "muito importante responder", é "fundamental desenvolver o pilar europeu dos direitos sociais para acelerar e reforçar a capacidade de acesso à educação, ao ensino superior, à formação ao longo da vida para que a Europa possa atrair e reter talento".

"A Europa tem de ter mais recursos humanos", acrescentou ainda sobre o mesmo tema.

Diálogo entre Nações Unidas e Comissão Europeia é fundamental

Sobre a guerra da Ucrânia, António Costa explicou que é "fundamental" que as Nações Unidas mantenham o diálogo com a Comissão Europeia, de uma forma "permanente" e "fluída" para assegurar que as sanções cumprem a sua função.

"Sancionar a Rússia, sem atingir quem nós não desejamos atingir, aliás, pelo contrário, desejamos apoiar, que são todos os países em desenvolvimento, designadamente os nossos vizinhos, parceiros e amigos africanos", afiançou.

Leia Também: Mercado energético? Costa mostra-se "desiludido" com proposta de Bruxelas

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