Lucro da Greenvolt mais do que duplica para 16,6 milhões em 2022
A Greenvolt, empresa de energias renováveis, somou 16,6 milhões de euros de lucro em 2022, mais do que duplicando (114%) o resultado obtido no ano anterior, foi hoje anunciado.

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Economia Greenvolt
"O resultado líquido atribuível à Greenvolt foi de 16,6 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de cerca de 114% face ao período homólogo", indicou, em comunicado, a empresa liderada por João Manso Neto.
Segundo a mesma nota, este resultado foi impulsionado pelo "desempenho consistente" das centrais de biomassa e pelos resultados positivos na área de 'Utility-Scale'.
Por sua vez, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA), excluindo custos de transação, cresceu 47% para 94,6 milhões de euros.
Em Portugal, a empresa detém cinco centrais de biomassa residual florestal, com uma capacidade instalada de 100 megawatts (MW) e no Reino Unido detém uma participação de 51% na central TGP, com cerca de 42 MW.
No período em análise, foi injetado na rede mais de um terawatt-hora (TWh), uma subida de 17%.
Entre janeiro e dezembro de 2022, as receitas do segmento de biomassa e estrutura representaram 195,2 milhões de euros, um aumento homólogo de 48%.
O grupo realizou, no mesmo ano, a primeira operação de rotação de ativos, com a celebração do acordo de venda de um portfólio na Polónia.
Na área da energia solar fotovoltaica e eólica, os resultados têm em conta parte da margem do primeiro processo de venda de ativos eólicos (50 MW), com uma contribuição de 13,6 milhões de euros para o EBITDA.
Os ativos solares do grupo ascendem a 48 MW e vão começar "em breve" a fornecer energia no âmbito dos acordos celebrados com a T-Mobile Polska.
"Relativamente ao processo de venda, tendo em conta que a esta data algumas das condições precedentes para a conclusão de negócio não se encontram cumpridas, o que pode afetar a conclusão da transação, o resultado associado à construção e venda destes ativos não está reconhecido nas contas do exercício de 2022, mantendo-se tais ativos reconhecidos pelo seu custo de aquisição", ressalvou.
Já a injeção na rede de 42,7 gigawatts-hora (GWh), através do parque Lions, na Roménia, contribuiu com 9,8 milhões de euros para o EBITDA.
Neste segmento, o EBITDA ultrapassou os oito milhões de euros e as receitas ligadas às vendas de energia de parques em operação e com serviços de gestão de ativos representaram 28,1 milhões de euros.
Já na geração distribuída as receitas progrediram 35,5 milhões de euros para 44,2 milhões de euros, enquanto o EBITDA foi negativo em cerca de 6,1 milhões de euros.
A Greenvolt completou, em 2022, um aumento de capital de 100 milhões de euros, reservado a acionistas.
Em dezembro do mesmo ano, a dívida financeira líquida da empresa estava em 342,1 milhões de euros.
No início de 2023, com a emissão de 200 milhões de euros em obrigações convertíveis, o grupo reforçou a sua liquidez para 902,3 milhões de euros.
Citado na mesma nota, o presidente executivo da Greenvolt, João Manso Neto, afirmou que 2022 foi "um ano extremamente importante para o desenvolvimento do plano de negócios apresentado ao mercado", acrescentando que, através da biomassa residual, registou-se um "elevado desempenho que se traduziu num aumento da energia verde injetada na rede".
Para Manso Neto, o crescimento operacional verificado no ano passado traduz-se "num conjunto de resultados financeiros sólido", dando à empresa estabilidade financeira para executar o seu plano estratégico.
Na sessão de hoje da bolsa, as ações da Greenvolt cederam 0,15% para 6,55 euros.
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