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Taxas máximas de créditos ao consumo não têm refletido subida de taxas de juro

A administradora do Banco de Portugal Francisca Guedes de Oliveira referiu hoje que as taxas máximas do crédito ao consumo não têm refletido integralmente a subida das taxas de referência, sendo que na locação automóvel esta já foi ultrapassada.

Taxas máximas de créditos ao consumo não têm refletido subida de taxas de juro
Notícias ao Minuto

16:39 - 22/03/23 por Lusa

Economia Banco de Portugal

Falando na conferência anual da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), que decorre hoje em Lisboa, Francisca Guedes de Oliveira salientou que "a evolução destas taxas máximas no crédito ao consumo não tem refletido integralmente o aumento rápido das taxas de juro de referência do mercado", verificando-se uma redução da margem.

"Em todos os segmentos de crédito verifica-se uma redução da margem entre as taxas máximas e as taxas de referência do mercado", sendo esta situação "particularmente crítica" nos segmentos de locação financeira automóvel.

Neste segmento, concretamente na locação financeira de automóveis novos, referiu, a Euribor a 12 meses já ultrapassou a taxa máxima de referência no primeiro trimestre de 2023.

Uma situação que é "motivo de alguma preocupação", disse, depois de ter apontado o impacto que o aumento rápido das taxas de juro, como aquele a que se tem assistido nestes últimos meses, tem no ajustamento das taxas máximas aplicadas no crédito ao consumo.

Não cabendo ao BdP a metodologia de cálculo das taxas máximas (que está definida na legislação), referiu que o supervisor é sensível e está atento a esta situação.

A administradora do Banco de Portugal referiu-se ainda ao impacto que o aumento da inflação e consequente subida das taxas de juro teve e vai continuar a ter na resiliência financeira dos consumidores, salientando que isto exige das instituições que trabalham contratos de crédito ao consumo um rigor acrescido na avaliação de risco e uma atitude proativa na deteção e acompanhamento dos clientes que possam vir a ter dificuldades.

António Mendonça, bastonário da Ordem dos Economistas, que também participou nesta conferência, alertou, por seu lado, para o facto de a política conjuntural estar "esgotada", correndo o risco de acentuar "os problemas estruturais".

Neste contexto, salientou a necessidade de se pensar a economia de forma estrutural e com visão estratégica, recusando modelos em que se mudam políticas ao sabor da mudança de ministros ou de governos.

Já o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro, destacou, entre outros pontos, a necessidade de Portugal reforçar os incentivos à mobilidade elétrica e reforçar a rede de carregamento.

Leia Também: Economia portuguesa com excedente externo de 513 milhões em janeiro

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