O primeiro-ministro, António Costa, admitiu, esta quarta-feira que a inflação é um grande desafio e que o Governo tem procurado atacar as suas causas, começando desde logo pelos preços da energia. Agora, já não é a energia que está a alimentar a inflação e é preciso analisar as outras causas, defende o primeiro-ministro.
"A inflação é um desafio enorme. A estratégia que temos tentado adotar tem visado atacar a inflação nas suas causas e a primeira causa deste ciclo inflacionista parecia ser o preço da energia. As medidas que adotamos e a solução ibérica, em particular, permitiu que hoje tenhamos uma inflação ao nível da energia muito inferior à inflação geral", disse o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, em Lanzarote.
Costa conclui, por isso, que "já não é o custo da energia que está a alimentar a inflação, são outras causas e é preciso analisá-las e ver causa a causa qual é a melhor forma de lhe dar resposta".
Questionado sobre os receios que enfrenta o sistema bancário, no seguimento da falência de dois bancos norte-americanos, Costa sublinhou a estabilidade do sistema bancário europeu:
"Sobre o sistema bancário, quero acompanhar o que disse o presidente Sánchez e enfatizar a declaração de ontem dos ministros das Finanças reunidos no Ecofin, onde sublinharam a estabilidade do sistema bancário europeu e as reformas que foram feitas em todo o sistema bancário europeu depois da crise de 2011", disse o primeiro-ministro.
E acrescentou, referindo-se ao Novo Banco: "No caso concreto de Portugal, há poucas semanas a Comissão Europeia encerrou o último procedimento que havia relativamente a um banco que tinha sido objeto de resolução e que agora tem o processo de reestruturação concluído e encontra-se em boas condições".
[Notícia atualizada às 14h04]
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