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Wall Street fecha em baixa a sua pior semana desde o início do ano

A bolsa nova-iorquina encerrou, esta sexta-feira, em baixa a sua pior semana desde o início do ano, com os investidores deprimidos por uma subida inesperada dos preços nos EUA.

Wall Street fecha em baixa a sua pior semana desde o início do ano
Notícias ao Minuto

23:09 - 24/02/23 por Lusa

Economia Bolsa de Nova Iorque

Os resultados definitivos evidenciam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,02%, o tecnológico Nasdaq recuou 1,69% e o alargado S&P500 desvalorizou 1,05%.

A inflação nos EUA, medida pelo índice PCE, a mais seguida pela Reserva Federal (Fed), uma vez que exclui índices mais voláteis, como energia e alimentação, foi de 5,4% em termos anuais em janeiro, valor acima dos 5,3% do mês anterior.

Em termos mensais, o crescimento dos preços foi de 0,6%, depois de 0,2% em dezembro, enquanto os economistas esperavam 0,4%. Mesmo sem a alimentação e a energia, a inflação apareceu assim com uma tendência crescente.

Em resultado, os rendimentos das obrigações subiram em detrimento das ações.

Assim, os rendimentos das obrigações do Tesouro a dois anos subiram para 4,80%, dos 4,69% na véspera, um máximo desde 2007, enquanto os dos títulos a 10 subiram de 3,87% para 3,94%.

A beneficiar desta subida, o dólar, a beneficiar das taxas mais altas desde há muito, ganhou mais de meio ponto percentual em relação às principais divisas pouco antes das 22.00 horas.

Face ao euro, transacionava-se abaixo dos 1,06 dólares por euro, nível nunca visto desde há sete semanas.

Quanto a Wall Street, registou a sua pior semana desde o início do ano, com uma perda semanal de quase 2,99% para o Dow Jones, de 3,33% para o Nasdaq e de 2,70% para o S&P500.

"Os investidores venderam as ações depois desta inflação escaldante, que encoraja a pensar que a Fed vai subir a taxa de juro nas suas três próximas reuniões monetárias", realçou Edward Moya, da Oanda.

Até agora, realçou Tom Cahill, da Ventura Wealth Management, "os investidores estão a apostar em uma ou duas altas de juro suplementares".

Assim, "é difícil dizer que o número da inflação não é inquietante", acrescentou.

Na sua opinião, as futuras subidas da taxa de juro de referência pela Fed podem elevar o nível desta para os 5,50%, "o que começa a ter o potencial de conduzir a economia para a recessão".

Outros fatores pesaram sobre o dia em Wall Street, como as tensões geopolíticas, resultantes da invasão russa da Ucrânia que entra no seu segundo ano, e o envio previsto para Taiwan -- adiantada pela comunicação social -- de tropas dos EUA, para ajudar na formação militar.

A descida das cotações afetou todos os setores do S&P, exceto os materiais (0,65%) e a banca (0,10%), ao passo que com a subida as taxas de juro os bancos podem fazer ganhos com investimentos nas obrigações, notou Tom Cahill.

Leia Também: Wall Street cai com inflação a acelerar em janeiro

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