A secretária-Geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) disse, esta quinta-feira, que as manifestações que aconteceram foram a forma de os trabalhadores expressarem o seu descontetamento.
"Os trabalhadores quiseram, em conjunto, dar voz à sua indignação, descontentamento e exigência de resposta e soluções para problemas que estão a atravessar", Referiu a dirigente sindical, em declarações à CNN Portugal no final dos protestos, junto à Assembleia da República, em Lisboa.
Em jeito de balanço, a dirigente sindical referiu que houve a adesão de milhares de trabalhadores, que lutam , entre outras exigências, pelas 35h semanais de trabalho.
"Esta manifestação em Lisboa foi uma das duas dezenas que realizámos em todo o país, mas não expressa aquilo que foi a participação de muitos milhares de trabalhadores neste dia de indignação, protesto e luta pelo aumento dos salários, contra o aumento do custo de vida e pelo controlo dos preços", explicou. A manifestação em Lisboa começou na Praça de Luís de Camões, e terminou frente ao Parlamento.
Camarinha explicou ainda que em muitos locais houve paralisações à frente de empresas, assim como à porta de ministérios. "Um conjunto muito vasto de instituições e de empresas e que depois teve estas praças da indignação em que todos convergiram", 'praças' estas que se estavam planeadas em todas as capitais de distrito, segundo apontou.
As manifestações realizaram-se num dia convocado pela CGTP como 'Dia de Indignação, Protesto e Luta'. Quando convocou este dia, a dirigente foi questionado sobre se estes protestos serão uma antecâmara para uma greve geral, respondendo que, para já, o foco estava neste dia, havendo o objetivo de que seja "um grande dia de luta".
"Depois do dia 9 faremos balanço, o ponto de situação e depois a luta vai ter de continuar e veremos de que forma é que vamos prosseguir essa luta", precisou.
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