Os dados globais, ainda provisórios, divulgados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) indicam que o decréscimo na produção de seguro direto observado em 2022 se ficou a dever ao ramo vida, que registou uma descida homóloga de 21,8%, enquanto no ramo não vida apresentou um aumento de produção de 7,4%.
Os 12,08 mil milhões de euros de produção de seguro direto contabilizados em 2022 comparam com os 13,35 mil milhões de euros de 2021 (ano em que se observou uma subida homóloga de 34,16%), ficando ainda abaixo do valor observado em 2019 (12,20 mil milhões de euros).
Para aquele total, o ramo vida contribuiu com 6,04 mil milhões de euros e o não vida com 6,04 mil milhões de euros, com o primeiro a cair face a 2021 e o segundo a aumentar, mantendo a tendência dos últimos anos.
"No ramo vida, os planos de poupança reforça (PPR) viram o seu peso aumentar em apenas 0,4 pontos percentuais -- passando de 24,7% em 2021 para 25,1% em 2022 -- apesar de a sua produção ter diminuído 20,6% face ao ano anterior, decréscimo que acompanhou a tendência do ramo", refere a informação divulgada pela ASF.
Já no que diz respeito ao ramo não vida, todos os segmentos de produtos registaram subidas face a 2021, com o de acidentes e doença a aumentar 9,3%, o de incêndios e outros danos a subir 7,4% e o automóvel a avançar 3,8%.
Relativamente à estrutura do mercado das empresas de seguros sob supervisão prudencial, a ASF refere que se verificou em 2022 a fusão de uma seguradora do ramo não vida, com o número de empresas a operar em Portugal a recuar, assim, de 64 para 63.
Já no que diz respeito a sucursais de empresas de seguros da União Europeia o número manteve-se sem alterações entre 2021 e 2022 (26).
Do total de 12 mil milhões de euros de produção global, a quota de mercado das empresas sob supervisão prudencial da ASF corresponde a 90,5% (cerca de 10,9 mil milhões de euros).
Leia Também: Lusitânia "surpreendida" com proteção a seguradoras que assumiram cartel