Wall Street em baixa com agitação na China e declarações de banqueiros

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje e baixa, com os investidores preocupados com as eventuais consequências sobre a economia chinesa das medidas anti-coronavirus dos dirigentes de Pequim, bem como por declarações de dirigentes da Reserva Federal (Fed).

Wall Street fecha sem variações significativas à espera dos números da inflação

© Lusa

Rui Nunes
28/11/2022 22:46 ‧ 28/11/2022 por Rui Nunes

Economia

Mercado

Os resultados finais indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 1,45%, o tecnológico Nasdaq recuou 1,58% e o alargado S&P500 cedeu 1,54%.

"Os investidores parecem apenas focados na política anti-covid da China", comentou Art Hogan, da B. Riley Wealth Management.

Depois das manifestações espontâneas dos últimos dias, para reclamar um levantamento, total ou parcial, das restrições sanitárias ligadas á ressurgência do coronavírus, o governo chinês respondeu hoje com o destacamento de efetivos policiais consideráveis, nomeadamente em Xangai e Pequim.

"Começámos com o pé esquerdo com a contestação na China e depois com vários membros da Fed, que fizeram declarações agressivas, com uma linguagem dura sobre política monetária", especificou Jack Ablin, da Cresset Capital.

"Há ainda trabalho a fazer" em matéria de política monetária, estimou o presidente o presidente do banco da Fed em Nova Iorque, John Williams, que entende que jugular a inflação "vai levar tempo".

"Ainda temos caminho a fazer", reforçou James Bullard, presidente do banco da Fed em St. Louis, para quem a taxa de juro de referência deve subir do intervalo atual de 3,75% a quatro por cento para cinco por cento a 5,25%.

"Tudo parece ir no sentido de uma menor assunção de risco" pelos investidores, segundo Jack Ablin, com, em particular, um mau vento obre as matérias-primas e a valorização do dólar, valor refúgio por excelência.

Para Art Hogan, a prudência dos investidores se explica também pelo programa da semana, carregado de indicadores e intervenções de banqueiros centrais, em particular do da Fed, Jerome Powell, na quarta-feira.

No dia seguinte será a vez de ser conhecido o índice de preços na produção e a seguir o relatório mensal sobre o emprego nos EUA, na sexta-feira.

"É preciso que os três sejam satisfatórios para que os investidores encontrem, a via da valorização", preveniu Art Hogan, referindo-se a uma inflação em desaceleração, um mercado de trabalho vigoroso e um tom contido de Powell.

Leia Também: Wall Street segue em baixa pouco após o início da sessão

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas