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Galp vai comprar gás? "Duvido que impacto seja significativo" nas faturas

O Governo afirmou hoje que a Galp vai ter de comprar gás para "satisfazer clientes e responsabilidades legais", dado os problemas no fornecimento por parte da Nigéria, mas afastou impactos significativos na fatura e no abastecimento.

Galp vai comprar gás? "Duvido que impacto seja significativo" nas faturas
Notícias ao Minuto

16:16 - 25/10/22 por Lusa

Economia Governo

"Aquilo que é importante esclarecer é que a empresa Galp terá de comprar gás no mercado, naturalmente, para satisfazer os seus clientes e as suas responsabilidades legais com a tarifa regulada", declarou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

Falando aos jornalistas portugueses no Luxemburgo, no final de uma reunião dos ministros da Energia da União Europeia, o governante apontou que a Europa está "numa fase em que o preço do gás caiu [...], porque muitos países já têm o seu armazenamento preenchido e, portanto, existe mais oferta do que procura e, por isso, o preço tem estado a cair".

"Aquilo que a Galp tem de fazer, se tem falhas de entregas de um fornecedor, é ir ao mercado comprar o gás e, como o preço do gás neste momento está mais barato, penso que isso terá efeitos marginais do ponto de vista do impacto do preço", salientou Duarte Cordeiro, numa altura em que, devido às cheias, houve uma redução na produção e fornecimento de gás da Nigéria que pode afetar abastecimento em Portugal.

Já questionado sobre eventuais impactos nas faturas nos clientes, o ministro da tutela disse: "Duvido que o impacto seja muito significativo porque os preços do gás está bastante mais baixo do que esteve e tem estado muito baixo nos últimos dias".

Relativamente a possíveis problemas de abastecimento, Duarte Cordeiro indicou que, apesar de "haver falhas de um ou outro fornecedor, como neste momento não aparenta haver escassez de mercado, [estas] são possíveis de ser colmatadas".

Além disso, o governante realçou que Portugal já adotou um "conjunto de medidas para se preparar para o inverno", como aposta no armazenamento de gás, nas energias renováveis e campanhas para incentivar à poupança do consumo.

"Medidas que, no seu global, nos protegem", adiantou.

A reserva atual portuguesa "dá para cerca de um mês, um mês e meio do ponto de vista do que é o consumo", referiu ainda Duarte Cordeiro.

Em meados deste mês, foi anunciado que a Nigeria LNG Limited alertou a Galp para "uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito" devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode meter em risco o abastecimento em Portugal, segundo uma nota enviada pela empresa portuguesa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

No seguimento dessa informação ao mercado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática veio dizer que "não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria", afirmando ainda não haver "escassez no mercado".

O alerta surgiu numa altura de crise energética na União Europeia, acentuada pelos efeitos da guerra da Ucrânia, e quando a Comissão Europeia avança com medidas para enfrentar os altos preços e os problemas no fornecimento, nomeadamente por parte da Rússia, do qual Portugal não depende ainda assim.

Esta segunda-feira, a Galp admitiu o cancelamento de mais uma entrega de gás natural liquefeito da Nigéria, previsto para finais de outubro, mas garante ter já assegurado a aquisição desse volume no mercado e não ter previstos mais cancelamentos.

Leia Também: Gás? "Tem sido feito um trabalho de diversificação de fornecedores"

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