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Gás? "Tem sido feito um trabalho de diversificação de fornecedores"
Duarte Cordeiro reitera que, "neste momento, não existe escassez" de gás no mercado e que há "capacidade de aquisição".
© Getty Images
Economia Duarte Cordeiro
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, reiterou, esta terça-feira que não há escassez de gás no mercado e adiantou que Portugal, não estando dependente do gás russo, tem feito um trabalho de diversificação de fornecedores. O governante aponta ainda para a redução dos preços do gás no mercado, numa altura em que, a nível europeu, houve um reforço da capacidade de armazenamento.
"Não temos dependência do gás russo, acabamos por ter outras proveniências. Tem sido feito um trabalho de diversificação de fornecedores. Temos uma maior proporção de gás que vem da Nigéria, agora existiu esta questão de lamentar e que não era possível de prever, que foram as cheias. Neste momento não existe escassez, existe capacidade de aquisição no mercado e aquilo que recomendamos é que os operadores cubram as suas posições adquirindo gás no mercado", disse Duarte Cordeiro, em declarações aos jornalistas, no Luxemburgo.
"A nossa reserva de gás dá para cerca de um mês, um mês e meio, do ponto de vista daquilo que é o nosso consumo", disse o ministro, à saída do encontro entre os ministros da Energia europeus, apontando para a importância das medidas que têm vindo a ser adotadas, nomeadamente a criação de uma reserva energéticas nas barragens.
Duarte Cordeiro revelou também que "neste momento, a nível europeu, houve um reforço muito significativo da capacidade de armazenamento e o facto de os preços estarem a cair também é um reflexo de algum sucesso nessas medidas que têm vindo a ser adotadas".
"Isso é um sinal positivo, quando estamos em outubro saber que a Europa tem um conjunto de reservas preparadas" para o inverno, acrescentou o ministro do Ambiente.
Os ministros da Energia da União Europeia (UE) debateram no Luxemburgo as propostas apresentadas há uma semana pela Comissão Europeia para enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás este inverno.
O debate surge depois de, no final da semana passada, os chefes de Governo e de Estado da UE terem concordado em trabalhar em medidas para conter os elevados preços da energia, acentuados pela guerra da Ucrânia.
O anúncio para este trabalho futuro foi feito após várias horas de debates entre os 27, marcadas por posições divergentes em assuntos como limites temporários aos preços de referência no gás e regras de solidariedade no bloco comunitário para disponibilização de gás a todos os Estados-membros em caso de emergência.
Leia Também: Ministros da UE debatem hoje medidas propostas pela Comissão Europeia
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