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Desafios da mobilidade urbana em debate no Porto e em Lisboa

Os desafios da mobilidade nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, que concentram mais de 50% da população portuguesa, vão ser debatidos na quarta-feira e dia 20 de setembro, procurando encontrar soluções para o território e para as pessoas.

Desafios da mobilidade urbana em debate no Porto e em Lisboa
Notícias ao Minuto

19:06 - 13/09/22 por Lusa

Economia Mobilidade

A cidade do Porto recebe a primeira conferência na quarta-feira e dia 20 será realizada a segunda conferência, em Lisboa. As conferências são organizadas pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), em colaboração com os dois municípios, e estão divididas em quatro painéis, pretendendo-se uma discussão no sentido de tornar a mobilidade mais ecológica no futuro.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da AMT, Ana Paula Vitorino, adiantou que as conferências vão realizar-se em duas áreas metropolitanas que, no seu conjunto, "têm mais de 50% da população portuguesa" e que esta é a primeira linha de importância.

"Estamos a falar da discussão e ponderação do sistema de transportes e mobilidade em duas áreas metropolitanas que no seu conjunto têm mais de 50% da população portuguesa e o que for feito nestas duas áreas do país afeta 50% da população".

Por outro lado, a responsável que lidera o regulador dos transportes lembrou que a Europa, e o mundo, já vive "num caos climático e não uma emergência climática", adiantando que em Portugal "cerca 28% das emissões de gases com efeitos de estufa são provenientes dos transportes, não é dos autocarros", e dessas, frisou, "60,6% das emissões dos transportes são provenientes dos carros, que todas as manhãs e tardes andam para trás e para a frente".

"Temos de encontrar soluções para isto, que não passam por obrigar as pessoas a deixar de andar de carro privado, mas temos de aumentar a atratividade dos transportes públicos e simultaneamente [que] seja necessário menos deslocações. São estas coisas que vão ser discutidas", sublinhou.

De acordo com Ana Paula Vitorino, o painel de convidados, que vai desde autarcas a representantes de universidades e centros de investigação, passando por empresas de transporte e o próprio regulador de todo o sistema -- AMT -- vão debater e encontrar possíveis soluções porque isoladamente "ninguém consegue".

"Espero que se produzam soluções que não serão para aplicar já no próximo mês, mas que serão aprofundadas e que têm de ser rapidamente executadas", acrescentou.

Os quatro painéis vão ter os mesmos temas tanto na conferência do Porto, como na de Lisboa, sendo o primeiro dedicado aos "incentivos à utilização de transportes públicos e à promoção da acessibilidade, proximidade e coesão social e urbana", no qual serão abordados os sistemas de mobilidade das cidades e incentivos à sua utilização, bem como o contributo das políticas urbanas para o combate às alterações climáticas e para a transição digital e ecológica.

O segundo painel será dedicado ao "planeamento e a organização regional da mobilidade e dos transportes e o seu contributo para a descarbonização" e irá debater a organização regional e a integração de redes de vários modos nas áreas metropolitanas, bem como o respetivo contributo para aumento da eficiência do sistema, num contexto de descarbonização.

No terceiro painel, intitulado "o financiamento da transição ambiental", irá ser discutido de que forma os serviços de interesse económico geral, que têm subjacentes a definição de obrigações de serviço público (OSP), devem ser financiados. A transição ambiental e os desafios da descarbonização implicam OSP cada vez mais exigentes (OSP Verdes) que exigem reflexão sobre as respetivas fontes de financiamento, públicas e privadas, é o mote para a discussão.

O quarto painel abordará "o conceito de 'Smart Cities' e o impulso para a transição digital", o que implica a simplificação de procedimentos no contexto dos desafios colocados por plataformas digitais e pela gestão do volume de dados e informação relativos a múltiplas atividades urbanas, essenciais para o bom funcionamento das cidades inteligentes.

Além da presença dos presidentes das câmaras municipais de Lisboa e do Porto e dos presidentes dos conselhos metropolitanos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, está prevista tambem a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática e do secretário de Estado da Mobilidade Urbana.

Leia Também: Governo admite: "Há muito a fazer" para melhorar transportes públicos

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