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Atividade económica abranda entre março e junho

O indicador de atividade económica abrandou entre março e junho e o de clima económico subiu em julho, depois de ter recuado em maio e junho, de acordo com a síntese económica de conjuntura do INE hoje divulgado.

Atividade económica abranda entre março e junho
Notícias ao Minuto

13:16 - 18/08/22 por Lusa

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De acordo com o documento, o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, "abrandou entre março e junho".

Este indicador registou uma variação homóloga de 6,1% em março, de 3,7% em abril, 2,4% em maio e 1,9% em junho.

Já o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, "aumentou em julho, após ter diminuído nos dois meses precedentes", lê-se na síntese económica de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os indicadores de curto prazo (ICP) referentes à atividade económica na perspetiva da produção disponíveis para junho "continuam a apontar para elevados crescimentos em termos nominais, verificando-se uma ligeira aceleração face ao mês anterior na indústria e uma desaceleração nos serviços".

Em termos reais, refere o INE, "verificou-se uma aceleração na construção e na indústria", sendo que no segundo trimestre "observaram-se aumentos homólogos na indústria, nos serviços e na construção, tendo-se verificado nos dois últimos um abrandamento face ao trimestre precedente".

O índice de produção industrial (IPI) registou uma variação homóloga de 3,7% em junho, depois de ter subido 3% em maio.

"Excluindo o agrupamento de Energia, esta variação foi de 7,0% (4,7% em maio)", sendo que no segundo trimestre de 2022, "o IPI aumentou 1,7% face ao trimestre homólogo (variação de -2,1% no primeiro trimestre)", refere o INE.

Em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria "acelerou em termos homólogos nos últimos dois meses (variações de 18,7%, 29,1% e 31,5% entre abril e junho), continuando a refletir em grande parte o aumento de preços na indústria (25,6% em junho)".

Se se excluir o agrupamento de energia, as vendas na indústria subiram 24,2% (24,3% em maio).

"Os índices relativos ao mercado nacional e ao mercado externo tiveram aumentos de 27,2% e 37,5%, respetivamente (26,2% e 33,3% no mês anterior, pela mesma ordem)", adianta. No segundo trimestre, o índice agregado cresceu 26,5% em termos homólogos (21,9% no primeiro trimestre), "tendo os índices relativos ao mercado nacional e ao mercado externo aumentado 25,2% e 28,2% (24,2% e 18,7% no trimestre precedente)".

O índice de produção na construção "acelerou em junho para uma variação homóloga de 2,2% (variação de 1,6% em maio), sendo que entre abril e junho apresentou uma variação homóloga de 1,7%, "abrandando face ao trimestre anterior (variação de 4,4%)".

No que respeita a atividade turística, o número de dormidas em junho mais que duplicou (110,2%) em termos homólogos (taxa de 221,7% em maio), ficando, "contudo, 0,4% abaixo de junho de 2019".

As dormidas de residentes aumentaram 16,5% em termos homólogos, enquanto as dormidas de não residentes cresceram 241,8%. Face a junho de 2019, as dormidas de residentes foram 7,0% superiores e as de não residentes inferiores em 3,5%.

"O consumo médio de eletricidade em dia útil registou uma variação homóloga de 4,8% em julho, o que compara com taxas de 2,2% e 2,8% em maio e junho, respetivamente", lê-se na síntese económica de conjuntura.

Por sua vez, o indicador quantitativo de consumo privado desacelerou entre março e junho, tendo o indicador de confiança dos consumidores aumentado em julho, "após ter diminuído no mês anterior, mantendo-se num patamar relativamente estável após a queda registada em março, a segunda mais intensa da série e só superada pela de abril de 2020, no início da pandemia".

Relativamente ao investimento, o indicador de formação bruta de capital fixo (FBCF) abrandou em junho, após ter acelerado nos dois meses anteriores.

"A evolução registada em junho resultou quase exclusivamente do contributivo negativo da componente de máquinas e equipamentos, que havia sido positivo e significativo no mês precedente, tendo a componente de material de transporte registado um contributo ligeiramente mais negativo que o verificado em maio" e, em sentido contrário, "a componente de construção registou um contributo positivo superior ao verificado no mês precedente", adianta o INE.

As vendas de cimento produzido em território nacional (não ajustadas de efeitos de sazonalidade e de dias úteis), "já disponíveis para julho, registaram uma diminuição homóloga de 7,9%, após as variações homólogas positivas dos dois meses anteriores (taxas de 6,2% e 4,2% em maio e junho respetivamente)".

O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA [terminais de pagamento] "apresentou um crescimento homólogo de 19,9% em julho (16,6% no mês anterior)", enquanto que "na vertente externa o aumento mais expressivo dos preços implícitos das importações de bens comparativamente às exportações(variações de 26,0% contra 18,6% em junho) traduz perdas dos termos de troca, que se têm agravado nos últimos meses devido sobretudo aos preços dos bens energéticos, contribuindo para a deterioração do saldo externo de bens".

No segundo trimestre, a taxa de desemprego fixou-se em 5,7%, menos 0,2 e 1,0 pontos percentuais que as registada nos trimestres anterior e homólogo, por esta ordem.

No trimestre em análise, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador subiu 3,1% em termos homólogos, para 1.439 euros, mas, "em termos reais, tendo como referência a variação do índice de preços do consumidor (IPC), a remuneração bruta total diminuiu 4,6%", tendo todas sa componentes regular e base diminuído 5,1%, lê-se no documento.

"Estes resultados abrangem 4,4 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações", refere o INE.

Entretanto, o indicador de confiança dos consumidores da área euro registou "o valor mais baixo da série", iniciada em 1985, em julho, verificando-se igualmente um agravamento dos níveis de confiança em todos os setores de atividade, indústria, comércio a retalho, serviços e, de forma mais ténue, na construção.

Leia Também: Atividade económica e consumo privado diminuem em julho

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