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Porto de Sines estuda terminal para movimentação de gases renováveis

O Porto de Sines, no distrito de Setúbal, está a estudar a possibilidade de transformar uma "ponte-cais" multiúsos num terminal para movimentação de gases renováveis, prevendo um investimento de cerca de 20 milhões de euros.

Porto de Sines estuda terminal para movimentação de gases renováveis
Notícias ao Minuto

17:16 - 09/08/22 por Lusa

Economia Sines

"Vamos fazer alguns investimentos para melhorar as condições de um pequeno cais e prepará-lo para, no futuro, fazer a movimentação de gases renováveis e, eventualmente, bancas para abastecimento a navios", avançou hoje à agência Lusa, o presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), José Luís Cacho.

De acordo com o responsável, os investimentos "na melhoria das condições da ponte-cais", para receber gases renováveis, como Gás Natural Liquefeito (LNG) ou hidrogénio e amónia verdes fazem parte do Plano de Atividades daquela infraestrutura portuária, no âmbito da transição energética.

"Prevemos fazer esses investimentos durante o próximo ano", indicou José Luís Cacho, acrescentando que, neste momento, estão a ser desenvolvidos os respetivos "projetos e estudos".

Trata-se de "investimentos que devem andar na ordem dos 15 a 20 milhões de euros", revelou.

"Estes investimentos deverão ser executados durante o próximo ano para estarem disponíveis e em operação a partir de 2024", perspetivou.

Considerando que a União Europeia classificou o LNG como um gás renovável e que existe "um conjunto de orientações" que indicam que este é "o gás de transição dos próximos anos", José Luís Cacho reconheceu que será o primeiro a "entrar em operação" naquele terminal.

"Atualmente, como não há possibilidade de entrada de gases como o hidrogénio, tecnologia suficiente para isso, nem há hidrogénio para tal, naturalmente, começará a movimentar gás natural", frisou.

No futuro, acrescentou, "estará preparado para receber navios com outros gases renováveis como é o caso do hidrogénio, amónia e metanol".

O responsável adiantou que a APS está "ainda a equacionar" o modelo de gestão do terminal de gases renováveis, garantindo que "será operado, naturalmente, por empresas privadas" interessadas.

"Podem ser [empresas] japonesas, pode ser a REN, a Galp, todas as empresas que estão em Sines podem utilizar essa infraestrutura", exemplificou.

Em conjunto com a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), o Porto de Sines participou, na semana passada, entre os dias 02 e 04, na cimeira da energia em Tóquio, no Japão.

O evento, segundo José Luís Cacho, "aprofundou os temas relacionados com a importância da transição energética" e a aposta "nos gases renováveis e mais limpos, como o hidrogénio e a amónia".

Durante a cimeira, o Porto de Sines efetuou contactos com as empresas responsáveis pelo projeto-piloto que está a ser desenvolvido entre o Japão e a Austrália "para transporte de hidrogénio liquefeito", acrescentou.

O presidente da administração portuária reforçou que, nos últimos anos, tem estabelecido "contactos com entidades e estruturas empresariais japonesas no sentido de [perceber] o interesse em desenvolverem investimentos em Sines".

"É um país que tem feito uma aposta forte nas energias e nós vemos com muito interesse o desenvolvimento de investimentos japoneses em Sines", concluiu.

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