A travessia fluvial no rio Tejo, realizada pela Transtejo e Soflusa, vai ter constrangimentos esta quinta-feira devido a plenários dos trabalhadores que reivindicam uma valorização salarial e a contratação de mais profissionais. Está prevista uma paragem entre as 13h55 e as 15h55, interrompendo as ligações entre o Barreiro e Lisboa.
Os trabalhadores têm vindo a desenvolver várias formas de luta, entre as quais uma greve de 11 a 13 de junho, pela valorização salarial e contratação de funcionários.
A greve foi convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) em resposta à proposta da administração, sob orientações do Governo, de 0,9% de aumentos salariais quando se verifica um aumento do custo de vida e quando a inflação se situa nos 7,2%.
Além da questão salarial, os trabalhadores da Soflusa exigem também a contratação de trabalhadores.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente da Fectrans Carlos Costa explicou que não houve qualquer evolução desde essa greve, mantendo-se assim as reivindicações.
Segundo o dirigente sindical, os plenários agora marcados visam aferir que outras ações de luta podem vir a ser desenvolvidas pelos trabalhadores.
A Transtejo e a Soflusa têm a mesma administração e ambas asseguram as ligações fluviais entre a margem sul e Lisboa, sendo a Transtejo responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
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