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Instrumento do BCE cria condições para normalização da política monetária

O governador do BdP, Mário Centeno, defendeu hoje que o novo instrumento anti-fragmentação que o Banco Central Europeu (BCE) está a preparar é paralelo à normalização da política monetária, criando as condições para a sua concretização.

Instrumento do BCE cria condições para normalização da política monetária
Notícias ao Minuto

15:08 - 15/06/22 por Lusa

Economia BCE

"Este instrumento não trata do processo de normalização em si, trata apenas de criar condições para que o processo de normalização se possa concretizar. Ou seja, evitar os tais riscos de fragmentação", disse Mário Centeno, durante a conferência de imprensa de apresentação do boletim económico do Banco de Portugal (BdP), no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

As declarações do governador do BdP ocorreram minutos depois do fim da reunião de emergência do BCE, que se realizou por videoconferência esta manhã.

O BCE prometeu hoje "flexibilidade no reinvestimento" das obrigações adquiridas no âmbito do programa de emergência lançado durante a pandemia (PEPP) e indicou também "acelerar" o projeto de um novo instrumento "anti-fragmentação" para impedir um afastamento muito grande entre as taxas de juro dos países do Norte e os do Sul na zona euro.

Mário Centeno escusou-se a detalhar as características do novo instrumento, uma vez que ainda está a ser desenvolvido, mas afirmou que pretende criar as condições adequadas para que a normalização da política monetária anunciada pelo BCE possa avançar.

O governador sublinhou que esta "não é uma alteração de trajetória", mas sim, pelo contrário, cria as condições para que a trajetória definida se possa materializar.

"Neste momento consideramos que era adequado dentro daquilo que são os procedimentos do BCE de implementação destas medidas de iniciar a sua preparação", disse, vincando que estes instrumentos "existem para preveniar a escalada de taxas", funcionando "quase como seguros", uma vez que a sua existência proporciona indicações ao mercado.

Para o governador do banco central português a normalização da política monetária tem um segunda palavra-chave associada, que é o "gradualismo", ou seja, ser sustentável, clara e transparente, adaptada à evolução das condições monetárias e financeiras.

Mário Centeno defendeu ainda que a política monetária não trabalha para o curto prazo, salientando que quando se inicia o processo da subida de juros este "vai durar no tempo".

Mário Centeno frisou ainda que a decisão do BCE "revela que o Eurossistema também aprendeu as suas lições no passado e está a utilizá-las de forma efetiva agora".

A tensão nos mercados aumentou particularmente depois de o BCE ter anunciado na semana passada que vai subir as taxas de juro em julho, a primeira subida em 11 anos, depois de ter concluído as compras líquidas de dívida pública e privada, o que levou a uma subida dos juros da dívida de alguns países, com a Itália a ser apontada como particularmente afetada.

No comunicado divulgado após a reunião, o BCE destacou ainda que a pandemia deixou problemas "vulnerabilidades duradouras" na economia da zona euro.

[Notícia atualizada às 16h30]

Leia Também: BCE cria mecanismo anti-crise de dívida (e será flexível nas compras)

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