A desvalorização da Bitcoin prossegue, esta quarta-feira, com a moeda digital mais conhecida do mundo a cair para um mínimo de 18 meses, de acordo com a Reuters, numa altura em que as descidas no mercado das criptomoedas não mostram sinais de alívio.
A Bitcoin desceu 6,3%, para 20.715 dólares, a cotação mais baixa desde dezembro de 2020, de acordo com a agência de notícias.
Já na terça-feira, recorde-se, a criptomoeda mais conhecida do mercado, manteve a tendência de queda a perder 5,27%, acumulando uma perda de valor na ordem dos 28% na última semana.
A desvalorização aconteceu depois de se saber que a plataforma de negociação e empréstimo de criptomoedas Celsius Network tinha suspendido todos os levantamentos, trocas e transferências entre contas devido às "condições extremas" do mercado.
No entanto, os especialistas lembram que desde sexta-feira (dia 10 de junho), quando os dados de inflação nos Estados Unidos (EUA) foram divulgados, o que surpreendeu os mercados, a bitcoin perdeu significativamente.
Nesse sentido, o analista do IG Sergio Ávila explica que a taxa de inflação nos EUA, que subiu para 8,6% em maio, acima do esperado pelos analistas, "faz com que o mercado desconte subidas mais agressivas das taxas de juro dos bancos centrais e pressione a Reserva Federal a aumentar ainda mais a sua taxa de referência".
"Os aumentos das taxas de juros afetam negativamente a tecnologia, todos os setores que têm a ver com o crescimento e, claro, as criptomoedas, que são condicionadas da mesma forma", adverte Ávila.
Desde o último aumento das taxas de juros anunciado pela Fed, em 04 de maio, a bitcoin perdeu 40% de seu valor.
O valor desta criptomoeda quebrou 66% face aos máximos históricos atingidos em novembro do ano passado, quando atingiu os 69.000 dólares.
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