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Hotelaria com taxas de ocupação entre 40% e 59% no verão

Os hotéis apresentam uma taxa de ocupação entre 40% e 59% para os meses de junho a setembro, penalizada, sobretudo, pela região Centro, segundo um inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), hoje divulgado.

Hotelaria com taxas de ocupação entre 40% e 59% no verão
Notícias ao Minuto

16:54 - 06/06/22 por Lusa

Economia AHP

Segundo os dados hoje apresentados, em Lisboa, pela vice-presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, as reservas para junho apontam uma taxa de ocupação entre 40 e 59%, sendo que o Centro era "a região com perspetivas menos otimistas", quando foi fechado o inquérito.

"As reservas de junho ainda estavam muito baixas" para aquela região, acrescentou.

Esta média mantém-se também para os meses seguintes, nomeadamente, até setembro, embora se verifiquem algumas diferenças nas regiões em destaque.

A hotelaria apontou Portugal como o principal mercado (80%) neste verão, destacando-se também Espanha e França, enquanto o Reino Unido não figura no Top3 e os EUA são referidos por 21% da amostra.

"Para os nossos inquiridos, atingiremos os resultados de 2019, com exceção da região Centro, que considera que ainda não estamos lá, estimando que em 2022 a taxa de ocupação seja pior do que a de 2019, mas igual a 2021", afirmou Cristina Siza Vieira.

No que se refere às receitas, não são esperadas "grandes surpresas", embora as regiões autónomas da Madeira e dos Açores devam ultrapassar os dados de 2019, antes da pandemia.

O preço médio, é classificado pela AHP "como interessante", mas a média nacional está em linha com 2019.

Os Açores, Madeira, Algarve e Alentejo deverão "suplantar ou igualar o preço médio" do ano de referência.

Em termos de perspetivas, em 2020, apenas 1% dos inquiridos referiram que o nível de 2019 seria retomado no segundo semestre de 2021.

Já em maio de 2022, há 47% que dizem que se vai "conseguir apanhar 2019 no segundo semestre" do corrente ano, mas 15% acreditam que só será possível no primeiro semestre de 2023.

A condicionar a retoma do turismo estão fatores como a inflação, escassez de mão de obra e de matérias-primas, a guerra na Ucrânia, o custo dos combustíveis e ainda a situação pandémica, embora em menor peso.

Mais de 460 estabelecimentos hoteleiros responderam ao inquérito da associação, sendo que o Centro apresenta "uma amostra muito significativa", o que para Siza Vieira confirma que o pessimismo associado à região è sustentado.

Em resposta aos jornalistas, o presidente da AHP, Bernardo Trindade, referiu que a perspetiva para este verão, "combinando a taxa de ocupação e o preço, é positiva".

Conforme sublinhou, a recuperação turística em Portugal "está-se a fazer mais rapidamente do que no contexto Europeu e até mundial", uma vez que o país está localizado num território reconhecido como "seguro e possível de ser visitado".

Bernardo Trindade disse ainda que, ao nível da receita, "a situação é positiva", tendo-se verificado já no período de Páscoa um comportamento semelhante.

"Como é evidente, pós-pandemia, os nossos associados estão a integrar aspetos na sua estrutura de despesas que não contavam. Ainda não temos capacidade de estimar o resultado total", ressalvou, notando que este dependerá do que acontecer este verão, sendo também influenciado pela falta de mão-de-obra.

[Notícia atualizada às 18h53]

Leia Também: Hotelaria quer monitorização de balanços através do Banco de Fomento

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