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Promover emprego digno é um dos "maiores desafios" de Cabo Verde

O vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, afirmou hoje que a promoção do emprego digno é um dos "maiores desafios" do país, que terá o apoio de um plano nacional a desenvolver até 2026.

Promover emprego digno é um dos "maiores desafios" de Cabo Verde
Notícias ao Minuto

15:44 - 18/05/22 por Lusa

Economia Cabo Verde

"Em Cabo Verde o emprego digno é ainda um dos maiores desafios, aliás o emprego é o bem público mais importante que podemos oferecer aos nossos concidadãos, sobretudo aos jovens e as mulheres em Cabo Verde", afirmou Olavo Correia, que é também ministro da Finanças e do Fomento Empresarial, na abertura do debate sobre a "Estratégia Nacional de Promoção do Emprego Digno", promovido hoje na Praia pela Direção Geral do Emprego.

Na intervenção, o governante reconheceu que este novo plano nacional, que aposta no aumento da formação e dos estágios profissionais, na educação e no empreendedorismo, vai "seguramente contribuir para maximizar a eficácia das políticas públicas de emprego" e com isso "acelerar o crescimento económico e social de Cabo Verde".

Apontou que atualmente o mercado de trabalho em Cabo Verde ainda "exclui os jovens, que representam a maioria dos desempregados", equivalente a um peso de 71%.

"Esta estratégia seguramente vai contribuir para maximizar a eficácia das políticas públicas de emprego, para acelerar o crescimento económico social do país", disse Olavo Correia.

Segundo o diretor-geral do Emprego, Danilson Borges, a política nacional para o setor propõe reforçar o investimento na qualificação, empregabilidade e no empreendedorismo como instrumentos para reduzir a taxa de desemprego no país, principalmente na camada mais jovem.

"O desafio do modelo demográfico impõe a necessidade de intensificar a qualificação dos jovens, reduzir de forma significativa o número de jovens fora do sistema de emprego, da educação ou formação profissional", disse Danilson Borges.

Investimento que para Danilson Borges tem como finalidade "garantir uma educação de excelência, e uma formação profissional de excelência", assegurando que os jovens sejam o segmento mais qualificado da população cabo-verdiana, enquanto agentes de mudança e produtividade nas empresas.

"Assegurar as condições para que os jovens tenham acesso ao mercado, ao rendimento e para que possam impulsionar o desenvolvimento económico e sustentável do país através de uma mão-de-obra qualificada", afirmou.

O plano nacional para promoção do emprego até 2026 conta com financiamento do Luxemburgo e, detalhou ainda Danilson Borges, propõe reduzir o desemprego e o número de jovens desempregados "através da massificação de implementação de políticas públicas": "Nomeadamente melhorar o acesso à formação profissional, melhorar o acesso ao mercado de trabalho e promover o acesso ao empreendedorismo e ao financiamento".

A criação de emprego em Cabo Verde em 2021 e 2022 não será suficiente para compensar a perda de praticamente 20 mil postos de trabalho em 2020 devido à covid-19, segundo dados de estimativas oficiais compilados anteriormente pela Lusa.

De acordo com os documentos de suporte à lei do Orçamento do Estado para 2022, estima-se a criação de 9.749 empregos líquidos em Cabo Verde este ano.

Para 2021, o Governo estimava a criação de 6.021 postos de trabalho líquidos, pelo que em dois anos serão criados 15.770 empregos, cumprindo-se as previsões.

Contudo, só em 2020, devido às consequências económicas da pandemia, nomeadamente a total ausência de turismo desde março, Cabo Verde perdeu 19.718 empregos líquidos.

Em 2019, Cabo Verde criou 11.344 empregos líquidos, segundo dados do Governo.

Cabo Verde fechou com uma taxa de desemprego de 14,5% em 2020 -- 11,3% em 2019 -, contra a expectativa governamental de quase 20%, um resultado menos negativo explicado com os sucessivos períodos de 'lay-off', sobretudo abrangendo as empresas ligadas ao turismo, em que o trabalhador recebe 70% do salário, suportado em parte pela segurança social cabo-verdiana.

O Governo estima ter fechado 2021 com uma taxa de desemprego idêntica, de 14,5%, que espera baixar para 14,2% em 2022.

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