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"Refinaria terá de importar mesmo que seja permitido extrair em Portugal"

A refinaria de lítio da Galp e Northvolt em Setúbal, com arranque previsto até final de 2025, terá sempre de recorrer à importação de matéria-prima, mesmo que venha a haver extração em Portugal, explicou hoje a empresa portuguesa.

"Refinaria terá de importar mesmo que seja permitido extrair em Portugal"
Notícias ao Minuto

14:03 - 20/04/22 por Lusa

Economia Galp

"Nós vamos importar a matéria-prima, o minério, e vamos importar do estrangeiro e, se for permitido [explorar lítio] em Portugal, vamos usar o português", esclareceu o presidente executivo (CEO) da Galp, Andy Brown, num encontro com jornalistas, na sede da empresa, em Lisboa.

A Galp e a sueca Northvolt anunciaram, na semana passada, a escolha de Setúbal para a construção de uma refinaria de lítio, cujas operações deverão iniciar-se "até ao final de 2025", com um investimento de cerca de 700 milhões de euros.

Andy Brown explicou hoje que, mesmo que a exploração de lítio em Portugal avance, a refinaria terá sempre de recorrer à importação de matéria-prima, para assegurar a capacidade de produção.

Questionado sobre a escolha de Setúbal para a instalação da refinaria, e não a região norte, onde estão a maior parte das potenciais minas de lítio, o responsável da Galp garantiu que não se tratou de beneficiar uma região em detrimento de outra, mas sim da combinação de fatores vantajosos, como "um ótimo porto" e a conexão à indústria do cimento ou do papel, que existe na localização escolhida.

"Fizemos uma análise muito detalhada e Setúbal foi o claro vencedor", sublinhou Andy Brown.

Num comunicado divulgado na semana passada, a Galp e a Northvolt apontaram que a fábrica de Setúbal será uma "das maiores e mais sustentáveis da Europa" e deverá ter capacidade para uma produção inicial entre 28.000 e 35.000 toneladas de hidróxido de lítio, um material fundamental para a indústria de fabrico de baterias ião-lítio.

Denominada Aurora e com uma participação de 50/50 da Galp e dos suecos da Northvolt, a 'joint venture' (parceria) assume a intenção de ser "uma rampa de lançamento para o desenvolvimento de uma cadeia de valor integrada de baterias de lítio na Europa".

De acordo com o comunicado, a unidade no parque industrial Sapec Bay poderá produzir hidróxido de lítio suficiente para uma produção anual de baterias equivalente a 50 GWh -- o suficiente para 700.000 veículos elétricos.

Sustentado pelo acordo entre as duas empresas, a sueca Northvolt irá garantir o consumo de até 50% da capacidade da unidade para utilização no seu próprio fabrico de baterias.

Leia Também: Galp pede "paciência" para descontaminação dos solos em Matosinhos

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