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Período de estagflação? "Já não é apenas provável, mas certo no imediato"

A antiga presidente do Conselho das Finanças Públicas alerta que esta crise "não se resolve por simples recurso às habituais políticas".

Período de estagflação? "Já não é apenas provável, mas certo no imediato"
Notícias ao Minuto

08:30 - 18/04/22 por Notícias ao Minuto

Economia Teodora Cardoso

A antiga presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP) Teodora Cardoso considera que a existência de um período de estagflação já não é só uma possibilidade, mas algo certo "no imediato", alertando que esta crise não se resolve com recurso às "habituais políticas". 

"Um período de estagflação da economia mundial, ou seja, de fraco crescimento económico em simultâneo com subida da inflação já não é apenas provável, mas certo no imediato. A escassez e o correspondente aumento do custo da energia, dos cereais e de matérias-primas essenciais tornam-no inevitável. As dúvidas incidem sobre o modo como as políticas económicas vão combatê-la, de que depende a sua intensidade e duração", escreveu Teodora Cardoso num artigo de opinião publicado no ECO. 

Dados os contornos desta crise, a antiga presidente do CFP alerta, contudo, que a mesma não se resolve com recurso às políticas normalmente utilizadas para responder a este tipo de situações.

"Tratando-se de uma crise que não teve origem na quebra da procura, mas antes no seu crescimento face a profundas disrupções da oferta, não se resolve por simples recurso às habituais políticas macroeconómicas expansionistas", acrescenta Teodora Cardoso. 

No final de março, recorde-se, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que não previa um cenário de estagflação, mas reconheceu que a curto prazo o encarecimento da energia e a aceleração da transição energética vão subir os preços.

Contudo, o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, admitiu, logo em fevereiro, um cenário de estagflação na zona euro - situação em que uma economia não cresce, o desemprego aumenta e os preços sobem -, no seguimento do ataque da Rússia à Ucrânia. 

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